Mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia até esta quinta-feira (10), desde 24 de fevereiro, primeiro dia de invasão russa do país, segundo a OIM (Organização Internacional para as Migrações), que faz parte da ONU. Do total, mais de 112 mil são cidadãos de países terceiros.
O balanço da ONU revela que o ritmo de saída de refugiados se acelerou nas últimas 24 horas. São 160.731 refugiados adicionais na comparação com terça-feira.
A marca dos 2 milhões foi superada na segunda-feira, somente 12 dias depois do início do conflito, disse Filippo Grandi, alto-comissário para os refugiados, o que representa o fluxo de exilados mais rápido no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A Guarda de Fronteira da Polônia disse nesta quinta-feira que 1,43 milhão de pessoas entraram no país a partir da fronteira com a Ucrânia.
O diretor-geral da OIM, Antonio Vitorino, afirmou que a Ucrânia e a Rússia devem garantir corredores humanitários seguros para permitir a fuga de refugiados, mas também para que suprimentos cheguem àqueles que desejam permanecer no país.
Os ucranianos esperavam começar a retirar civis por sete "corredores humanitários" nesta quinta-feira, um dia depois de anunciarem que um hospital infantil foi atingido em um ataque aéreo russo na cidade portuária de Mariupol, no sul, onde milhares estão presos sem acesso a água, remédios ou comida.
Mas o chanceler ucraniano disse que, durante as negociações, Moscou se recusou a garantir acesso humanitário para resgatar civis presos sob bombardeios.
Durante sua visita ao posto fronteiriço de Medyka, o diretor-geral da OIM disse que sua principal preocupação era manter o fluxo de refugiados e atender às necessidades básicas das pessoas. "Particularmente uma refeição quente, como você pode imaginar, e informações básicas sobre como eles podem proceder", acrescentou.
Reuters
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