O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (3) que sua "operação especial" no leste da Ucrânia "ocorre como o esperado".
"Quero dizer que a operação militar especial está progredindo exatamente de acordo com o cronograma. De acordo com o plano. Todas as tarefas que foram previstas estão sendo resolvidas com sucesso", disse ele, uma semana depois de a Rússia enviar tanques e tropas à Ucrânia pelo norte, pelo leste e pelo sul.
"Nosso exército e a população de Donbass estão sendo heróis", disse Putin.
A Rússia não reconhece as ofensivas ao território ucraniano como uma invasão ou guerra. Há inclusive perseguição a veículos de imprensa que reportem a guerra como tal.
Em um pronunciamento televisionado, Putin acusou os ucranianos de "amedrontarem a população" com uma propaganda nacionalista - que comparou com as da época nazista.
Ele acusou novamente os nacionalistas ucranianos de usarem civis como escudo e disse ainda que a Rússia oferece construir corredores humanitários para o leste.
"Não queremos que civis sejam feridos", afirmou o presidente.
Além disso, o presidente russo afirmou que os soldados feridos em combate – os quais comparou com heróis – serão recompensados financeiramente.
"Agora no território ucraniano, nossos soldados e autoridades estão lutando pela Rússia, por uma vida pacífica para os cidadãos de Donbass, pela desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, para que não possamos ser ameaçados por uma direita anti-Rússia em nossas fronteiras que tem sido criada pelo Ocidente há anos", disse.
Os comentários de Putin transmitidos pela televisão pareciam ter a intenção de rebater afirmações de governos e agências de inteligência ocidentais de que a campanha da Rússia esbarrou em problemas logísticos, erros táticos e uma resistência mais feroz do que esperada da Ucrânia.
Ele fez uma série de acusações contra as forças ucranianas, sem apresentar evidências para fundamentá-las, incluindo que elas haviam torturado e matado prisioneiros de guerra russos, e que estão mantendo cidadãos estrangeiros como reféns e usando escudos humanos.
Ele reafirmou a sua lógica para a guerra, que a Ucrânia e o Ocidente rejeitaram como propaganda sem fundamento.
g1
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