Uma comissão que investiga abusos sexuais cometidos na Igreja de Portugal disse nesta quinta-feira (10) que 214 pessoas que podem ter sido vítimas entraram em contato para relatar suas histórias.
A comissão começou a trabalhar há um mês.
As denúncias são de pessoas que nasceram entre os anos de 1933 e 2006. Há notificações de todas as regiões do país e também de portugueses que já não moram mais lá.
Em nota, a comissão afirma que as alegações revelam sofrimento e que em alguns casos há histórias não reveladas há décadas.
A comissão portuguesa foi instaurada depois da divulgação dos resultados de uma comissão semelhante que foi instalada na França.
São seis pessoas que formam a força-tarefa, que é financiada pela própria Igreja Católica. O líder é o psiquiatra Pedro Strecht. Ele afirmou que a Igreja não deverá interferir nas ações da comissão.
Há um site e uma linha telefônica para denúncias. Por enquanto, espera-se que as vítimas se apresentem. Além disso, os arquivos das dioceses serão abertos.
A expectativa é a de que haja um relatório até o fim deste ano.
A maioria das acusações até agora chegaram pelo site. No entanto, há pessoas já mais idosas que moram em áreas remotas e que não têm acesso ao site. Para conseguir o depoimento delas, a comissão deverá fazer contatos com instituições de caridade ligadas à Igreja.
Reuters
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