O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou nesta quinta-feira (6) os antivacinas e sua "verborragia", mais uma vez pedindo os britânicos para se vacinarem contra o vírus da Covid-19, já que a variante ômicron aumenta a pressão no sistema hospitalar.
"Quero dizer aos ativistas antivacinas, com essa verborragia nas redes sociais, que eles estão completamente errados", disparou.
A declaração vem um dia depois que o presidente francês Emmanuel Macron, disse, em entrevista ao jornal "Le Parisien", que pretende "encher o saco" dos não vacinados – o que tem gerado uma forte polêmica na França (leia mais adiante nesta reportagem).
Durante uma visita a um centro de vacinação em Northampton, região central da Inglaterra, Johnson afirmou que maioria dos pacientes em terapia intensiva não foi vacinada e que a "grande maioria não recebeu uma dose de reforço".
"Que tragédia ter essa pressão sobre a saúde pública, com todas as dificuldades que nossos médicos e enfermeiras estão passando, para as pessoas falarem besteiras sobre a vacinação", disse Johnson.
O premiê reiterou, no entanto, seu compromisso com uma abordagem voluntária no Reino Unido, onde a vacinação só é obrigatória para profissionais de saúde: 60% dos maiores de 12 anos receberam a dose de reforço e 82% as duas aplicações iniciais.
Um dos países mais afetados pela pandemia na Europa, com quase 150 mil mortes, o Reino Unido registra atualmente recordes de novos casos, impulsionados pela variante mais contagiosa ômicron, que chegam a 200 mil por dia.
'Encher o saco' dos vacinados
Em uma longa entrevista ao jornal "Le Parisien" desta quarta-feira (5), o presidente francês Emmanuel Macron admitiu que quer “'encher o saco' dos não vacinados”.
“Os não vacinados, tenho muita vontade de incomodá-los”, disse o presidente, empregando o verbo ‘emmerder’, considerado vulgar, que também significa “encher o saco”.
O editorial de "Le Parisien" observa que com essa frase, Macron colocou uma cruz sobre os votos dos não vacinados, em torno de 5 milhões de pessoas.
A repercussão da frase também suspendeu as discussões sobre o passaporte vacinal na noite de ontem na Assembleia.
g1
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