A ex-ministra social-democrata Franziska Giffey foi eleita prefeita de Berlim com um plano para acelerar a construção de moradias diante da alta dos aluguéis.
Giffey, de 43 anos, participou do governo de coalizão liderado por Angela Merkel entre 2018 e 2021 e é a primeira mulher a governar a capital alemã. Há duas décadas, os social-democratas (SPD) estão no comando.
Entre 1947 e 1948, quando a cidade estava dividida em quatro setores, outra mulher, Louise Schroeder, ficou responsável pela gestão dos assuntos correntes, especialmente no início do bloqueio de Berlim pelos soviéticos.
O SPD venceu as eleições locais de 26 de setembro passado e vai liderar uma coalizão com os verdes e com a esquerda radical Die Linke. Os representantes locais votaram, e Giffey obteve 84 votos a favor, 52 contra e duas abstenções.
Um dos principais objetivos traçados pelos três sócios é a construção, até 2030, de pelo menos 200 mil moradias na cidade, que atrai cada vez mais moradores.
Os três partidos decidiram criar uma comissão para avaliar a possibilidade de adotar uma política de "expropriação" para empresas imobiliárias após uma votação a favor nesse sentido em um referendo.
Os berlinenses votaram pela "expropriação" de grupos imobiliários que tenham mais de 3.000 imóveis.
A nova prefeita disse, no entanto, ser contrária à medida por acreditar que não é "o caminho certo", em especial pelas indenizações envolvidas.
Na capital, os aluguéis subiram, em média, 85% entre 2007 e 2019. Ainda assim, permanecem mais baixos do que em cidades como Londres e Paris. O aumento afeta grande parte dos moradores, pois 80% da população da cidade é composta de inquilinos.
AFP
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