Os deputados da Alemanha aprovaram nesta sexta-feira (10) a lei que obriga os profissionais da saúde a tomar a vacina contra a Covid-19, um primeiro passo antes da obrigatoriedade da vacina para toda a população, algo que pode ser adotado no início de 2022.
O projeto de lei, que pretende proteger os grupos particularmente vulneráveis, foi amplamente apoiado no Bundestag (onde social-democratas, ecologistas e liberais têm a maioria) com 571 votos a favor e 70 contrários.
Todas as pessoas que trabalham em hospitais, casas de repouso e centros médicos terão que ser vacinadas ou ter comprovante de que já pegaram e se recuperaram da Covid-19.
Os funcionários de centros com pessoas com deficiência, ambulatórios, consultórios médicos, serviços de emergência e estabelecimentos socioeducativos também precisarão comprovar a vacina.
Estes profissionais têm até 15 de março de 2022 para completar a vacinação e caso isto não aconteça, poderão ter que parar de trabalhar.
O texto da lei estabelece que estas profissões têm uma "responsabilidade particular", pois estão "em contato estreito e intenso com os grupos de pessoas que apresentam um risco elevado de infecção e de evolução grave ou mortal da doença".
No início do mês, a então chanceler Angela Merkel e o seu sucessor, Olaf Scholz, conversaram com os líderes dos 16 Estados alemães e aprovaram a restrição de acesso de pessoas que não se vacinaram a tudo que não sejam estabelecimentos essenciais, como mercados, farmácias e padarias.
Ansiosos para evitar lockdowns gerais que poderiam atrapalhar a recuperação frágil da maior economia da Europa, eles devem manter os estabelecimentos comerciais abertos para os quase 69% da população que estão totalmente vacinados, assim como aqueles que se recuperaram do coronavírus.
g1
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