Novembro 27, 2024

Argentina e Uruguai reabrem fronteiras para todos os estrangeiros após 18 meses

Argentina e Uruguai reabriram nesta segunda-feira (1º) suas fronteiras a todos os turistas estrangeiros, sem exceção de nacionalidade, após 18 meses de pandemia do novo coronavírus.

A Argentina já tinha aberto as suas fronteiras há um mês, mas apenas para os países vizinhos e com algumas exigências que agora estão sendo reduzidas. O Uruguai tinha aberto suas fronteiras há dois meses, mas só para estrangeiros que tinham imóveis no país.

Apesar de estarem registrando um aumento no número de contágios devido à variante Delta, os países vizinhos estão abrandando suas restrições contra a Covid-19 porque as internações e óbitos estão caindo com o avanço da vacinação.

Os dois países vão inclusive vacinar os turistas menores de 18 anos, e o Uruguai também vai aplicar uma dose de reforço nos maiores de idade.

Exigências para turistas estrangeiros
Tanto a Argentina quanto o Uruguai vão permitir a entrada de estrangeiros sem a necessidade de quarentena e, em ambos os países, os menores de 18 anos podem entrar mesmo sem estarem vacinados.

A exigência básica nos dois países é que os adultos acima de 18 anos estejam completamente vacinados (há pelo menos 14 dias no caso da Argentina e 15 dias no Uruguai). Todas as vacinas serão aceitas, sem exceção.

No caso do Uruguai, há uma exigência extra e uma exceção: a vacina contra Covid-19 não pode ter sido aplicada há mais de nove meses e o país vai permitir que a pessoa que teve a doença até 90 dias antes da chegada ao país possa entrar mesmo se não estiver vacinado.

Todos os turistas devem preencher um formulário online que terá valor de declaração juramentada e também precisam de um seguro médico que cubra os casos de Covid-19.

Também é obrigatória a apresentação de um exame RT-PCR negativo feito até 72 horas antes do embarque. No caso do Uruguai, é necessário fazer um segundo teste, já em território uruguaio, sete dias após o primeiro (a Argentina acabou com essa exigência).

Vacinas para turistas
Tanto a Argentina quanto o Uruguai também vão imunizar gratuitamente os menores de idade que quiserem ser vacinados contra a Covid-19. Para essa faixa etária, a Argentina aplica neste momento as vacinas da Pfizer e da Sinopharm. O Uruguai aplica apenas a da Pfizer.

O Uruguai também vai aplicar a Pfizer em todos os turistas que desejarem receber uma dose de reforço. Para isso, é preciso agendar um horário cinco dias após o turista chegar ao país.

Já a Argentina vai vacinar estrangeiros de países vizinhos, incluindo brasileiros, em postos nas fronteiras terrestres.

O Uruguai tem 75% da população completamente imunizada contra a Covid-19 — a segunda maior taxa da América Latina, atrás apenas do Chile (78%). O percentual da Argentina é de 57%, patamar um pouco superior ao do Brasil (55%).

Uso de máscaras
Os dois países suspenderam em outubro o uso obrigatório de máscaras quando a pessoa estiver ao ar livre e sem aglomeração. Em espaços fechados, o uso continua obrigatório.

A proteção também não é necessária se a pessoa estiver ao ar livre e com o seu grupo de convivência, mas ela ainda é necessária se estiver a menos de dois metros de pessoas com quem não conviva.

Variante Delta
Nos dois países, o número de casos voltou a subir há duas semanas, devido à variante Delta, após três meses de queda.

Ainda não se trata de uma terceira onda, pois os números ainda são baixos — e, ao contrário da segunda onda, os novos contágios são leves e as internações e mortes não estão crescendo graças à vacinação.

Países seguros
A Argentina mudou a forma para decidir sobre novas restrições. Agora, é observado o nível de ocupação das UTIs, não o aumento de contágios. Por isso o país tem relaxado cada vez mais as restrições devido à pandemia.

O número de contágios aumentou 36% nas duas últimas semanas, sobretudo em menores de 18 anos, mas o de internação caiu 22% e a de mortes despencou 44%.

Na sexta-feira (29), a União Europeia incluiu a Argentina na lista de "países seguros" (o Uruguai já está desde o ano passado). Chile, Colômbia e Peru também estão na lista. O Brasil, não.

RFI
Portal Santo André em Foco

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