Os deputados de oposição do Chile começaram, nesta quarta-feira (13), os procedimentos para abrir um processo de impeachment do presidente Sebastián Piñera.
Ele é acusado de ter cometido possíveis irregularidades ao vender uma empresa de mineração. Detalhes sobre essa operação foram revelados pelos Pandora Papers.
Neste mês, a Procuradoria do Chile afirmou que iria abrir uma investigação sobre a possibilidade de ter havido pagamento de propinas e violações de regras de impostos na venda.
Os Pandora Papers são um conjunto de documentos que foram revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo. O material revela transações feitas em países que são considerados paraísos fiscais e onde há sigilo bancário.
Mina de Dominga
Entre os documentos, há um que, aparentemente, descreve a venda da mina de Dominga, na qual há extração de cobre e minério de ferro.
A venda aconteceu em 2010, quando Piñera estava em seu primeiro mandato como presidente. Antes de ser político, ele era um empresário bilionário. A empresa é ligada à família dele.
O vazamento causou controvérsia no Chile porque sugere que o negócio dependia da aprovação de um ambiente regulatório favorável.
A Justiça já tinha examinado os termos da venda da mina em 2017 e não encontrou nada errado.
Jaime Naranjo, um deputado de oposição, é um dos que estão organizando o processo de impeachment. Segundo ele, Piñera infringiu a Constituição.
Piñera negou que tenha cometido irregularidades. Ele argumentou que todos os detalhes do contrato constavam do processo já analisado pela Justiça, e que não foram constatadas irregularidades.
Há eleições presidenciais e legislativas em novembro. Pinera não é candidato nessas eleições.
O processo de impeachment precisaria de 78 votos na Câmara dos Deputados para avançar.
g1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.