Autoridades da Coreia do Norte divulgaram nesta terça-feira (28) uma foto do lançamento de um míssil Hwasong-8, durante um teste realizado nas primeiras horas do dia (ainda noite de segunda-feira, em Brasília).
Segundo a agência de notícias oficial KCNA, o míssil hipersônico é muito mais rápido e difícil de ser interceptado pelos sistemas de defesa do que um míssil comum.
O desenvolvimento de um míssil hipersônico era uma das cinco tarefas "de prioridade máxima" estabelecidas por Pyongyang em um plano de armamento estratégico para cinco anos, ainda de acordo com a KCNA.
O líder norte-coreano Kim Jong-un, aparentemente, não acompanhou o teste desta vez.
De acordo com o jornal oficial "Rodong", Park Jeong-cheon, membro do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia e secretário do Comitê Central do Partido, observou o lançamento do teste com funcionários importantes do Departamento de Ciência e Defesa.
Neste primeiro lançamento de teste, os cientistas teriam avaliado a capacidade de manobra de voo e estabilidade do míssil, além de indicadores técnicos e novos sistemas de combustível a atuador.
Ainda segundo a publicação, o lançamento foi totalmente bem sucedido.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), citado pela agência sul-coreana Yonhap, diz que o míssil foi disparado de Mupyong-ri do Norte, na província de Jagang, para o leste, por volta das 6h40, no horário local.
Pouco após a notificação do disparo, o embaixador norte-coreano defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o direito de seu país de testar sua tecnologia de defesa.
"Nós apenas estamos construindo nossa defesa nacional para nos proteger e salvaguardar de forma confiável a segurança e a paz do país", disse Kim Song.
Resoluções da própria ONU proíbem que a Coreia do Norte exerça atividades com mísseis balísticos. Mas o país alega que pretende reforçar sua defesa contra ameaças feitas pela Coreia do Sul e os Estados Unidos.
A relação entre as duas Coreias é ambígua. Dois dias antes deste último lançamento, Kim Yo Jong, irmã e assessora influente de Kim Jong-un, evocou a possibilidade de uma cúpula intercoreana, mas só se garantir o "respeito mútuo" e a "imparcialidade".
Ela chegou, inclusive, a sugerir que Pyongyang poderia declarar o fim formal da Guerra da Coreia, conforme sugerido pelo Sul. Porém, criticou a "dupla moral" da Coreia do Sul e dos EUA, que criticam os testes norte-coreanos enquanto desenvolvem suas próprias capacidades militares.
Nos últimos dias, a Coreia do Sul anunciou que testou com sucesso, pela primeira vez, mísseis disparados de um submarino, uma tecnologia avançada disponível apenas em alguns poucos países.
g1
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