O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, voltou a usar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, para incentivar que as pessoas se vacinem contra a Covid-19. Desta vez, o político americano comparou Bolsonaro ao príncipe Harry, do Reino Unido, e sua esposa, Meghan Markle.
Não é a primeira vez que de Blasio critica o presidente brasileiro. Além da polêmica sobre a Assembleia Geral da ONU, nesta semana, houve outra rusga entre os dois em 2019.
"Não seja como Jair Bolsonaro, seja como Harry e Meghan. Vacine-se", escreveu o prefeito de Nova York em uma rede social junto com a publicação de uma foto em que aparece ao lado do casal.
Harry e Meghan participarão no sábado (25) do "Global Citizen Live", uma transmissão de 24 horas no Central Park, em Nova York, iniciativa cujo intuito é pressionar os países por igualdade na distribuição de vacinas, segundo a revista "Vogue".
Será a primeira aparição conjunta do duque e da duquesa de Sussex desde o nascimento da segunda filha do casal, Lilibet Diana. O nome é uma homenagem à rainha Elizabeth II, cujo apelido familiar é Lilibet, e à mãe de Harry, a princesa Diana.
Bolsonaro na ONU
Na segunda-feira (20), de Blasio afirmou que o presidente brasileiro não deveria ir a Nova York caso não estivesse imunizado contra a Covid-19: "Se você não quer se vacinar, nem precisa vir".
"Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado", afirmou o prefeito de Nova York.
Bolsonaro foi aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU, cuja sede é em Nova York, e era o único líder das maiores economias do planeta que declaradamente não se imunizou.
"Todos precisam estar em segurança e juntos, isso significa que todos precisam ser vacinados", afirmou de Blasio. "A grande maioria das pessoas nas Nações Unidas, a grande maioria dos estados-membros estão fazendo a coisa certa."
Bolsonaro participou do evento na ONU mesmo sem estar vacinado, mas não conseguiu frequentar outros locais fechados em Nova York, pois a cidade exige que as pessoas apresentem um comprovante de imunização para frequentar restaurantes, cinemas e academias.
Homenagem cancelada em 2019
De Blasio já havia se posicionado contra Bolsonaro em 2019, comemorando com ironia o cancelamento de uma viagem do presidente brasileiro a Nova York.
"Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso, 'valentões' geralmente não aguentam um tranco. Seu ódio não é bem-vindo aqui", afirmou o prefeito nova iorquino na ocasião.
Bolsonaro seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, mas os locais escolhidos pela organização para a cerimônia se recusaram a receber o evento.
Além disso, empresas que patrocinam o evento desistiram de homenageá-lo.
g1
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