Ao menos quatro pessoas morreram com a passagem do furacão Ida pelos estados de Louisiana e Mississippi, nos Estados Unidos.
Duas pessoas morreram e dez ficaram feridas em uma rodovia que foi destruída pelo furacão no Mississippi. Entre os feridos, três estão em condições críticas, segundo a polícia rodoviária do estado.
Também morreram duas pessoas na Louisiana, e mais de um milhão de pessoas ficaram sem luz no estado. O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou situação de desastre devido ao furacão.
O Ida atingiu a costa dos EUA no domingo (29), como um furacão de categoria 4, mas perdeu força na noite de segunda-feira (30) e passou a ser considerado uma tempestade tropical.
Depois da passagem do Furacão Katrina, em 2005, quando mais de 1,8 mil pessoas morreram, os EUA construíram um sistema de barragens, comportas e bombas de US$ 14,5 bilhões.
Esse sistema funcionou durante o Ida, disseram as autoridades, e Nova Orleans foi poupada da inundação catastrófica que devastou a cidade há 16 anos.
Fluxo do rio
Inundações generalizadas causadas pelo furacão Ida e blecautes atrapalham os esforços de empresas de energia para avaliar os danos em instalações de produção de petróleo, portos e refinarias.
Quase todo o estado da Louisiana ficou sem energia elétrica na segunda-feira, após o furacão atingir a região, derrubou linhas de transmissão e inundou comunidades. Áreas litorâneas foram alagadas por uma maré de tempestade tão grande que reverteu o fluxo do Rio Mississippi.
Analistas disseram que pode levar de duas a três semanas para retomar a produção nas plataformas e reativar totalmente as refinarias da Louisiana. Religar a energia, o que é essencial para as refinarias, também pode demorar semanas, segundo as prestadoras de serviço.
"Esta restauração provavelmente não será um retomada rápida", disse Rod West, chefe de operações da prestadora Entergy Corp. "Este foi um evento de vento considerável e catastrófico, enquanto o Katrina foi um evento de água, em comparação."
Transtornos na infraestrutura petrolífera estão testando os sistemas de distribuição de combustíveis do país. Operadoras desligaram oleodutos e gasodutos oceânicos que abastecem usinas de processamento, e a maior linha de conexão com a Costa Leste, muito dependente de combustíveis, ficou desligada durante dias.
A Phillips 66 ainda não conseguiu avaliar os danos na refinaria do Rio Mississippi em Belle Chasse, na Louisiana, que produz 255.600 barris por dia, disse um porta-voz. A usina, que foi posta à venda na semana passada, foi inundada após o rompimento de um dique de Alliance.
"É a maior quantidade de água que já vi em meus 31 anos vindo a Alliance", disse o xerife da paróquia de Plaquemines, Gerald Turlich.
Inundações também foram relatadas em outras instalações da Louisiana. Nove refinarias diminuíram a produção ou operações de confinamento, inclusive a da Exxon em Baton Rouge, que produz 520 mil barris por dia, reduzindo 2,3 milhões de barris por dia de capacidade, ou 13% do total do país, estimou o Departamento de Energia.
No litoral, 95% da produção petrolífera do Golfo e 94% da produção de gás continuavam desligadas na segunda-feira, informou o Escritório de Cumprimento de Segurança e Meio-ambiente. Um total de 288 plataformas de produção e 11 plataformas de petróleo continuam inoperantes.
G1
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