O ex-deputado venezuelano Freddy Guevara, dirigente do partido de oposição Voluntad Popular e braço direito do líder opositor Juan Guaidó, saiu da prisão na noite deste domingo (15). Ele havia sido preso há um mês acusado de traição e terrorismo, mas recebeu liberdade condicional.
Guevara foi preso em Caracas, capital da Venezuela, em 12 de julho por membros do serviço de inteligência venezuelano Sebin. A decisão que o colocou em liberdade ocorreu cerca de três semanas após o presidente do país, Nicolás Maduro, confirmar o início de um novo diálogo com a oposição previsto para o mês de agosto.
O ex-parlamentar foi acusado pela promotoria de participar de violentos confrontos entre policiais e gangues em um bairro da capital venezuelana. O governo do presidente Nicolás Maduro atribuiu os atos a um suposto plano para tirá-lo do poder.
Ao ser solto, Guevara afirmou que esteve isolado por vários dias e ainda não tinha detalhes sobre as regras atreladas à sua soltura.
"Não estou certo sobre quais são as medidas [de liberdade], tenho que revisá-las", disse Guevaraem entrevista a uma emissora de televisão local logo após ser solto.
Na mesma entrevista, o ex-deputado, que foi vítima da covid-19 enquanto esteve preso, criticou o regime sob o qual a população do país está submetida.
"Enquanto não houver solução política aqui na Venezuela, sei que minha liberdade é condicional como a liberdade de todos os venezuelanos", acrescentou.
Freddy Guevara foi eleito em 2015 e seu mandato acabou em janeiro de 2021. Em 2017, ele se tornou um dos nomes mais conhecidos nas manifestações que exigiam a saída de Maduro do poder. Por conta de sua atuação, foi acusado de incitar à violência em protestos antigovernamentais que deixaram cerca de 125 mortos.
Ao saber da denúncia que poderia levá-lo à prisão, Guevara se refugiou na embaixada chilena até receber indulto de Maduro em setembro do ano passado.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.