Um avião e uma embarcação russa deram disparos de advertência contra um navio de guerra do Reino Unido que entrou em águas territoriais da Rússia no mar Negro, anunciou o Ministério russo da Defesa nesta quarta-feira (23). O governo britânico nega que o incidente tenha acontecido.
O caso, pouco comum nessa região, ocorre dias antes de manobras programadas para acontecer entre 28 de junho e 10 de julho, nas quais participam Estados Unidos, outros países da Otan e Ucrânia no Mar Negro. A Rússia desconfia desses exercícios militares.
"O destróier (navio de guerra) recebeu um aviso. Não reagiu à advertência", afirmou o Ministério, citado por agências russas, o que levou um "barco de patrulha fronteiriça" e um avião Su-24M a darem "disparos de advertência".
Na sequência, o navio britânico abandonou as águas russas, pondo fim ao incidente, que durou cerca de vinte minutos até o meio-dia desta quarta-feira, segundo a mesma fonte.
O ministério da Defesa russo anunciou pouco depois que convocou o militar da embaixada britânica em Moscou, informaram as agências russas.
O exército britânico afirmou, no entanto, que "não foi realizado nenhum disparo de advertência contra o 'HMS Defender'", que se encontrava "em águas territoriais ucranianas", segundo um tuíte do ministério britânico da Defesa.
O incidente ocorreu em frente à costa da Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em março de 2014.
Segundo um comunicado da Royal Navy britânica de 10 junho, o navio em questão, o "HMS Defender", está na região para manobras da Otan e "se separou temporariamente do grupo de trabalho para realizar suas próprias missões no mar Negro".
France Presse
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