O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (18) não aprovar os gritos de "mande-a de volta", direcionados à deputada de origem somali Ilhan Omar durante comício na noite anterior.
"Eu me senti um pouco mal", disse Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.
"Eu diria que não fiquei feliz com aquilo. Eu discordo daquilo. Mas, de novo, não fui eu quem gritou – foram eles. E eu discordei", completou o norte-americano.
Durante comício na Carolina do Norte, Trump acusou a deputada oposicionista Ilhan Omar – que nasceu na Somália – de minimizar os atentados terroristas de 11 de Setembro e de "rir de norte-americanos que alertavam sobre a Al-Qaeda".
Em seguida, os apoiadores do republicano gritaram, em coro: "Mande-a de volta".
Omar: Trump espalha 'ideologia fascista'
Nesta quinta-feira, Omar acusou Trump de espalhar "ideologia fascista" ao dizer que cidadãos norte-americanos "devem ir embora por não concordar com as políticas nocivas [do presidente] aos EUA".
"Aqui nos EUA, a discordância é bem-vinda, o debate é bem-vindo, e principalmente na Casa do povo [Câmara dos Representantes] todas nossas vozes são ouvidas e levadas em conta", afirmou Omar.
Omar é uma das quatro deputadas do Partido Democrata sobre as quais Trump escreveu uma publicação considerada racista, no domingo. No texto, o presidente afirmou que elas deveriam "voltar e ajudar a consertar os lugares totalmente quebrados e infestados de crime de onde vieram".
"É tão interessante ver parlamentares democratas 'progressistas', que vieram originalmente de países cujos governos são uma catástrofe total e completa, dizendo cruelmente ao povo dos Estados Unidos como o nosso governo deve ser administrado", disse Trump, em uma série de três comentários no Twitter.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.