Ao menos 12 pessoas morreram e 15 ficaram feridas em uma explosão em uma mesquita na periferia de Cabul, a capital do Afeganistão, nesta sexta-feira (14). Entre os mortos está o imã da mesquita.
A explosão ocorre durante o cessar-fogo de três dias entre o governo afegão e o Talibã, que entrou em vigor ontem, quinta-feira (13). Ninguém assumiu a responsabilidade pelo atentado até o momento.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, negou qualquer ligação com o ataque, condenando a explosão e acusando a agência de inteligência do Afeganistão de estar por trás do atentado.
Tanto o Talibã quanto o governo afegão costumam culpar um ao outro pelos ataques, e raramente os culpados são identificados e o resultado das investigações é divulgado.
O quarto cessar-fogo em quase duas décadas de confrontos foi feito devido ao Aid al Fitr, festividade muçulmana do fim do Ramadã, e em meio a uma onda violência que varreu o país nas últimas semanas.
Na semana passada, mais de 50 pessoas, a maioria estudantes adolescentes, morreram em uma série de explosões nas imediações de uma escola de meninas da capital.
EUA no Afeganistão
Os ataques começaram depois que os Estados Unidos anunciaram a retirada suas tropas do Afeganistão até 11 de setembro, quando se completarão 20 anos do ataque às Torres Gêmeas.
O ataque ocorre dois dias após soldados americanos deixarem a sua segunda maior base militar no Afeganistão, a de Kandahar.
A informação foi confirmada nesta sexta-feira (14) por Khoja Yaya Alawi, porta-voz do exército afegão em Kandahar. "A base não foi devolvida oficialmente, mas posso confirmar que eles deixaram a base na quarta-feira".
A transferência oficial da base acontecerá depois do Eid al Fitr. Kandahar é um reduto Talibã e nos últimos meses registrou um aumento da violência e dos ataques dos insurgentes.
G1
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