Novembro 26, 2024

EUA impõem sanções à Rússia por interferência em eleição e ataques virtuais

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (15), que vão impor sanções à Rússia como uma resposta à interferências dos russos nas eleições americanas e uma operação de ataque virtual que conseguiu acessar dados de agências governamentais dos EUA.

Foram penalizados 32 entidades ou indivíduos que se envolveram em campanhas de desinformação nas eleições de 2020.

Há também sanções a oito entidades ou indivíduos por causa da ocupação da Crimeia, que era da Ucrânia e a Rússia invadiu em 2014.

A medida foi tomada por ordem executiva do presidente Joe Biden.

Com as sanções, as instituições financeiras dos EUA não poderão comprar títulos de dívida da Rússia (apenas no mercado secundário).

Isso deverá dificultar a rolagem de dívida do Tesouro russo.

Seis empresas russas foram apontadas como apoiadoras dos ataques virtuais.

As medidas já eram aguardadas. Os russos enviaram soldados à fronteira de seu país com a Ucrânia nos últimos dias.

Os três motivos declarados
Os EUA listaram três principais motivos que justificam as sanções:

  • Ataques de hackers russos a agências governamentais e empresa dos EUA (isso ficou conhecido pelo nome de uma das empresas que foram alvo, a SolarWinds);
  • A CIA avaliou que os russos ofereceram recompensas, no Afeganistão, a quem matasse soldados americanos;
  • A Rússia teria interferido nas eleições dos EUA para auxiliar Donald Trump.

Telefonema
Em um telefonema na terça-feira com Vladimir Putin, Joe Biden avisou que o governo dos EUA vai tomar ações para defender os interesses dos norte-americanos, sem especificar qual seria o momento ou as medidas.

No telefonema, os dois conversaram para organizar um eventual encontro.

Em janeiro, antes de tomar posse, Biden tinha dito que iria dar uma resposta às ações dos russos para interferir nas eleições americanas.

A ordem deverá incluir um aviso para outras sanções.

A ideia é mandar uma mensagem aos russos para que eles entendam como os americanos estão descontentes, mas sem cortar laços diplomáticos.

Resposta dos russos
O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que haverá retaliações, que seriam estabelecidas pelo princípio da reciprocidade. Ele também disse que as sanções não contribuem para que haja um encontro entre os dois presidentes.

Europeus
A expectativa é que os aliados dos EUA na Europa devem dar declarações de apoio às medidas dos americanos.

G1
Portal Santo André em Foco

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