A Justiça da Espanha aumentou, nesta quinta-feira (18), a pena de prisão do rapper Pablo Hasél, condenado por letras com ofensas à monarquia e referências ao grupo terrorista ETA. Segundo a decisão, ele teria ameaçado uma testemunha em 2017.
O rapper teria divulgado a foto de um homem que depôs durante um julgamento contra a prisão de dois policiais. Hasél o teria confrontado em um bar e o ameaçado de morte.
Ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal, mas ele – que cumpria uma sentença de 9 meses – agora terá que enfrentar 2,5 anos de prisão.
A prisão de Hasél, na última terça-feira em uma universidade da Catalunha, foi motivo de distúrbios em Barcelona e outros pontos do país há pelo menos dois dias – segundo as autoridades, ao menos 50 pessoas foram detidas nos violentos protestos.
O caso levantou uma polêmica sobre a liberdade de expressão no país.
O governo espanhol afirmou, ainda semana passada, que vai mudar a lei de 2015 que criminaliza a glorificação de grupos armados como o ETA e insultos à monarquia e às religiões.
Com a reforma, as penas serão mais leves, e só haverá ação legal se houver risco à ordem pública ou provocar condutas violentas.
O ETA foi dissolvido em 2018, depois de quatro décadas de campanhas violentas pela independência do País Basco, uma região no norte da Espanha.
France Presse
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