Os advogados de Donald Trump fazem, nesta sexta-feira (12), a defesa do ex-presidente que é acusado de incitar o ataque ao prédio do Congresso dos Estados Unidos no dia 6 de janeiro.
O Senado pode realizar a votação final do julgamento de impeachment de Trump no sábado.
O advogado do ex-presidente, David Schoen, disse que a equipe de defesa levará "três ou quatro horas" para apresentar seus argumentos contra uma condenação por incitação do ataque de 6 de janeiro, que obrigou parlamentares a fugir para se proteger e resultou na morte de cinco pessoas, inclusive um policial.
Schoen não debateu a estratégia de defesa, mas os advogados de Trump sustentam que sua retórica está protegida pela garantia da Primeira Emenda da Constituição à liberdade de expressão e que os procuradores não estabeleceram uma relação direta entre as ações dos agitadores e Trump.
Na quinta-feira, os procuradores democratas encerraram dois dias de argumentos a favor da condenação de Trump, dizendo que o republicano sabia o que aconteceria ao exortar apoiadores a marcharem até o Capitólio, onde congressistas estavam reunidos para certificar a vitória eleitoral do presidente democrata, Joe Biden, e que deveria ser responsabilizado.
"Se ele voltar a ocupar um cargo e isso acontecer novamente, não teremos ninguém para culpar além de nós mesmos", disse o principal gerente do impeachment, deputado Jamie Raskin, aos senadores.
No dia 13 de janeiro, a Câmara dos Deputados, comandada pelos democratas, acusou Trump de ter incitado uma insurreição, mas é improvável que os democratas consigam uma condenação no Senado e impeçam Trump de voltar a concorrer a um cargo público.
Uma condenação exige uma maioria de dois terços do Senado de 100 membros, o que significa que ao menos 17 republicanos teriam que votar pela condenação de Trump. Como o ex-presidente ainda é popular entre os eleitores do partido, e os senadores não querem contrariar suas bases.
Na terça-feira, a votação no Senado seguiu a divisão da Casa entre os partidos: seis dos 50 senadores republicanos se alinharam aos democratas.
Em sua argumentação, os procuradores democratas deram diversos exemplos das ações de Trump antes do ataque para ilustrar o que ele pretendia quando disse aos apoiadores para irem ao Capitólio e "lutarem com tudo".
Vários senadores republicanos elogiaram a apresentação dos procuradores democratas da Câmara, mas questionaram se ela fez alguém mudar de ideia.
Reuters
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