A presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta sexta-feira (8) que falou com o principal comandante militar do país sobre tomar precauções para garantir que o presidente Donald Trump não inicie hostilidades ou ordene um ataque nuclear em suas duas últimas semanas no cargo.
"A situação desse presidente desequilibrado não poderia ser mais perigosa e devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o povo americano de seu ataque ao nosso país e à nossa democracia", disse Pelosi em uma carta a colegas.
Segundo o documento, ela teria entrado em contato com o general do Exército Mark Milley sobre as medidas que podem ser tomadas para conter o presidente que há dois dias incitou apoiadores a se manifestar contra a certificação de Joe Biden, o que terminou com a invasão do Capitólio.
Eleito, Biden tomará posse da presidência dos EUA no próximo dia 20 de janeiro.
Nesta sexta, Trump afirmou que não participará da cerimônia. Na véspera, o republicano reconheceu pela primeira vez que deixará a presidência e "prometeu uma transferência suave e ordeira".
Os únicos três presidentes que faltaram à posse dos seus sucessores foram John Adams (em 1801), John Quincy Adams (em 1829) e Andrew Johnson (em 1869).
Pelosi disse também, segundo a agência de notícias Reuters, que ainda espera uma resposta do vice-presidente Mike Pence, também presidente do Senado, sobre um pedido de que seja acionada a 25ª Emenda para remover Trump do cargo "por incitação à insurreição".
Caso o vice-presidente não acione esse mecanismo legal, que tem que ser aprovado pelo gabinete presidencial, Pelosi disse que o Congresso pode estar preparado para prosseguir com um processo de impeachment contra Trump.
G1
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