O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, chegou na noite desta terça-feira (7) a Bagdá, capital iraquiana, em visita surpresa. A visita durou quatro horas e ocorreu em meio às novas tensões diplomáticas entre Estados Unidos e Irã – vizinho do Iraque –, que anunciou a retomada de parte do programa nuclear.
"A razão pela qual estamos indo é a informação que indica que está havendo uma escalada nas atividades do Irã", disse Pompeo aos jornalistas que o acompanham.
Mais cedo, Pompeo cancelou uma viagem que faria à Alemanha para se encontrar com a primeira-ministra Angela Merkel. O porta-voz do secretário disse que precisou cancelar a visita ao país europeu devido a "temas urgentes" a solucionar.
Garantias do Iraque
Após encontro com autoridades iraquianas, Pompeo afirmou que recebeu garantias sobre a proteção dos "interesses dos Estados Unidos" no Iraque.
"Falamos sobre a importância do Iraque garantir que ele seja capaz de proteger adequadamente os americanos em seu país", disse Pompeo a repórteres após o encontro com o presidente e o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi.
"Ambos deram garantias de que entenderam que é responsabilidade deles", acrescentou."
Queríamos notificá-los sobre o aumento da ameaça que percebemos e fornecer um pouco mais de informação sobre isso, para que possam garantir que fazem todo o possível para proteger nossa equipe", disse Pompeo.
"Estamos falando de ataques iminentes [...] que tivemos conhecimento e tomamos todas as medidas para impedi-los", declarou Pompeo.
O secretário de Estado tambdisse esperar "que os iranianos pensem duas vezes antes de atacar os interesses norte-americanos".
Pompeo tem ainda uma agenda em Londres, segundo o ministério de Relações Exteriores do Reino Unido. Caso a viagem realmente ocorre, ele prepara a próxima visita do presidente Donald Trump ao país, marcada entre 3 e 5 de junho.
EUA e Irã em tensão
O Pentágono anunciou nesta terça-feira o envio de vários bombardeiros B-52 na região do Golfo Pérsico em resposta a um possível ataque às suas tropas, liderado pelo Irã.
A manobra, que inclui um grande porta-aviões, se justifica por "sinais claros e recentes de que as forças iranianas e seus aliados estão elaborando preparativos para um possível ataque das forças americanas", disse o Pentágono.
O assessor presidencial em Segurança Nacional, John Bolton, havia anunciado no domingo o envio ao Golfo de um porta-aviões, um grupo aeronaval e uma esquadrilha de bombardeiros.
Segundo a agência oficial de imprensa Irna, o Irã vai anunciar nesta quarta-feira uma redução dos compromissos definidos em 2015 na assinatura do acordo internacional nuclear alcançado em 2015.
Donald Trump fechou a porta há exatamente um ano ao acordo internacional alcançado em 2015 que deveria impedir que Teerã fabrique uma bomba atômica, ao considerar que era demasiadamente frouxo.
Desde então, para desgosto de aliados europeus que ainda apoiam o pacto, Trump iniciou uma "campanha de máxima pressão" contra o regime iraniano.
France Presse
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