O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse na terça-feira (15) que enviou uma carta para parabenizar Joe Biden por sua vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos, depois que o democrata venceu a votação do colégio eleitoral que determina oficialmente a presidência dos EUA.
"Uma vez que esse processo acabou, pela noite, enviei uma carta ao senhor Biden, presidente eleito pelos Estados Unidos da América", disse López Obrador.
Mais cedo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, também enviou uma mensagem ao democrata. Os dois mandatários diziam que esperavam pelo resultado da votação do colégio eleitoral para se pronunciar oficialmente.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a vitória de Joe Biden nos EUA, assim como o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que vinha se aproximando de Donald Trump nas negociações de paz com os EUA.
Trump se recusa a admitir a derrota e acusa, com frequência e sem provas, que as eleições dos EUA foram fraudadas. Nesta terça, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch Mcconnell, também reconheceu a vitória do adversário.
Políticas migratórias
López Obrador disse na carta endereçada ao presidente eleito dos EUA que reconhece os esforços do democrata em favor dos imigrantes e prometeu trabalhar ao lado de Biden para que consigam promover o desenvolvimento regional.
"Dessa maneira, ninguém será obrigado a abandonar seu lugar de origem e vai poder viver, trabalhar e ser feliz com sua família, entre sua gente, com sua cultura", disse o mexicano. "Assim conseguiremos construir a solução definitiva para os fluxos migratórios desde, e através do México, para os EUA."
O presidente mexicano disse que conhece Biden há nove anos e passou uma mensagem de amizade entre os dois países. Ele disse ainda que espera que o presidente eleito respeite as relações com respeito às políticas de não intervenção e auto-determinação dos povos.
"Nossos povos são irmãos pela história, economia e cultura", disse López Obrador. "É por isso que nós, os governantes, devemos nos esforçar para manter boas relações bilaterais construídas na colaboração na amizade e no respeito às nossas soberanias."
Colégio eleitoral
O Colégio Eleitoral confirmou nesta segunda (14) a vitória Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A etapa foi mais uma das formalidades entre a votação de novembro e a posse do democrata como novo presidente, prevista para 20 de janeiro.
Na etapa da segunda-feira, os 538 delegados dos 50 estados e do Distrito de Columbia designados a votarem conforme os resultados das eleições depositaram publicamente seus votos. As cédulas serão enviadas até 23 de dezembro para a capital Washington, onde serão formalmente recebidas e contadas em uma solenidade em janeiro no Congresso americano.
Esses eleitores do Colégio Eleitoral são nomeados a partir da certificação dos resultados eleitorais em cada estado, etapa que oficializou os números da apuração. Todas os estados protocolaram os dados até a semana passada.
Com os 55 votos da Califórnia no início da noite, Biden ultrapassou oficialmente os 270 votos mínimos no Colégio Eleitoral para se eleger presidente. Nenhum delegado votou diferente do que havia sido designado — ou seja, não houve "eleitores infiéis".
Com isso, o democrata confirmou 306 delegados no Colégio Eleitoral, contra 232 do republicano Donald Trump, atual presidente e derrotado na tentativa de se reeleger. Considerando o voto popular, Biden teve 81,3 milhões de votos (51,3%) contra 74,2 milhões (46,8%) de Trump.
G1
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