Novembro 25, 2024

Em reunião do G20, Trump diz que Acordo de Paris 'mata a economia' dos Estados Unidos, 2º maior emissor de carbono do mundo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou neste domingo (22), durante reunião virtual do G20, o Acordo de Paris. O governo do republicano anunciou a retirada do tratado em 2019, mas o presidente eleito Joe Biden já afirmou que reverterá a medida depois que tomar posse.

Para Trump, o acordo — que estabelece metas na redução das emissões de carbono — foi feito para "matar a economia americana". A recusa em adotar meios de produção mais sustentáveis fez parte da campanha malsucedida do presidente em se reeleger, ao alegar que o comprometimento com medidas como o Acordo de Paris leva os EUA a perder postos de emprego.

"Para proteger os trabalhadores americanos, eu retirei os Estados Unidos do injusto e unilateral Acordo de Paris — um acordo muito injusto para os EUA", disse Trump em declaração transmitida a partir da Casa Branca a outros líderes do G20.

"[O Acordo] não foi projetado para salvar o meio ambiente. Foi feito para matar a economia americana", disse.
Trump também alega que os EUA reduziram as emissões de dióxido de carbono mais do que outros países. Embora seja verdade nominalmente, segundo a Associated Press, a diminuição no país sequer esteve entre as 10 maiores do planeta, em termos proporcionais.

Mais de 180 países ratificaram o Acordo de Paris, cuja meta é evitar que o aumento da temperatura em 1,5°C, idealmente. Segundo cientistas, se essa alta ultrapassar 2°C, o mundo pode vivenciar aumento no nível do mar, maiores tempestades tropicais e novas enchentes e desequilíbrio climático.

Os EUA são o segundo maior emissor de gases estufa do mundo, segundo dados do observatório Climate Watch. Em primeiro lugar, está a China. Na reunião do G20, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o país está comprometido em neutralizar as emissões de dióxido de carbono até 2060.

Bolsonaro: 'Ataques injustificados'
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (22), em discurso no segundo dia de reunião de cúpula do G20, que seu governo vai "continuar protegendo" a Amazônia, o Pantanal e todos os outros biomas do país.

A declaração ocorre em meio à divulgação de dados que apontam para aumento do desmatamento da floresta e para número recorde de queimadas no Pantanal neste ano. A aceleração da destruição dos dois biomas gerou críticas ao governo dentro e fora do país.

Em seu discurso, Bolsonaro citou dados para afirmar que se baseia na "realidade dos fatos" e não em "narrativas", mas especialistas ouvidos pelo G1 contestam as afirmações do presidente. Veja mais na reportagem sobre o assunto.

"O hino nacional de meu país diz que o Brasil é gigante pela própria natureza. Estejam certos de que nada mudará isso. Vamos continuar protegendo nossa Amazônia, nosso Pantanal e todos os nossos biomas", afirmou Bolsonaro.

G1
Portal Santo André em Foco

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Last modified on Segunda, 23 Novembro 2020 16:41

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