O presidente dos Estados Unidos Donald Trump participará nesta sexta-feira (20) da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), após a apresentação no dia anterior do presidente chinês Xi Jinping, que destacou o poder comercial da China.
A reunião da APEC, organizada pela Malásia virtualmente devido à pandemia de coronavírus, reúne 21 economias da bacia do Pacífico, incluindo as duas maiores do planeta - Estados Unidos e China -, que somam 60% do total do PIB mundial.
Devido às longas transições políticas nos Estados Unidos, é comum que presidentes derrotados participem em cúpulas desde o momento das eleições (novembro) até a entrega formal do poder (janeiro).
Trump, no entanto, não havia participado das cúpulas anteriores da APEC. Nesta ocasião, compareceu através de vídeoconferência, junto com outros líderes, enquanto o primeiro-ministro malásio, o anfitrião da cúpula, pronunciava seu discurso de abertura.
"Temos que comercializar e investir para sair da desaceleração econômica atual", disse o primeiro-ministro da Malásia, Muhyiddin Yassin, na abertura.
Na abertura do fórum, do qual também fazem parte México, Peru e Chile, o presidente Xi Jinping apresentou seu país como o motor do comércio mundial e prometeu "abrir ainda mais as portas" de seu mercado nacional.
"Nenhum país se desenvolverá se mantiver suas portas fechadas", afirmou ao alertar contra o protecionismo, sem mencionar explicitamente os Estados Unidos.
No entanto, Estados Unidos, assim como países europeus e asiáticos, acusam Pequim de manter um controle rígido sobre seu mercado interno como, por exemplo, diante das novas tecnologias.
A China tornou-se a força dominante da APEC, enquanto os Estados Unidos, desde a eleição de Donald Trump em 2016, deu as costas ao multilateralismo e optou pelo "America first" (Estados Unidos primeiro).
Trump na APEC
Um alto funcionário dos EUA confimou na quinta-feira à AFP que Trump falará nesta sexta à noite.
Seu discurso está reservado aos líderes do Fórum e não estará aberto para a imprensa, segundo os organizadores na Malásia.
O presidente, que se recusa a reconhecer sua derrota contra o democrata Joe Biden, busca com essa intervenção "mostrar uma postura 'presidencial' no cenário mundial", estimou Oh Ei Sun, analista do Instituto da Singapura para Assuntos Internacionais.
"Trump desejará, obviamente, aproveitar esta oportunidade para se apresentar como um presidente em exercício e obter benefícios da política interna", indicou este especialista à AFP.
A cúpula da APEC ocorre uma semana após a assinatura do maior acordo de livre comércio do mundo, entre China e outros 14 países da Ásia e Pacífico.
R7
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