O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou nesta quinta-feira (19) que o país está em "alerta máximo" depois de alcançar um número recorde de infecções diárias por Covid-19. Na quarta-feira, mais de 2 mil novos casos de contaminação foram registrados no Japão, quase 500 em Tóquio, de acordo com dados oficiais.
Embora esses números sejam relativamente baixos em comparação aos de outros países, eles mostram um agravamento da pandemia no arquipélago japonês, que não realiza testes de detecção em grande escala.
"Considero que estamos em situação de alerta máximo", declarou o primeiro-ministro em coletiva de imprensa. "Peço ao povo japonês que tome medidas sistematicamente, como o uso da máscara", continuou Suga.
O premiê afirmou que apoiará as regiões que obrigarem os comércios a fechar mais cedo. Medidas como limitar a quatro o número de pessoas por mesa em restaurantes devem ser consideradas.
Até agora, as medidas adotadas no Japão desde o início da pandemia não eram obrigatórias, mas apelavam à responsabilidade da população e à pressão social. O país tem aumentado o número de testes de diagnóstico, mas eles ainda continuam limitados.
Todos os dias, entre 5 mil e 6 mil pessoas são examinadas na capital de cerca de 14 milhões de habitantes. Desde janeiro, o Japão registrou 121 mil casos de Covid-19 e pouco mais de 1,9 mil mortes.
Robô pede para clientes usarem máscara
Para incitar os clientes a usarem máscara, uma loja japonesa decidiu confiar essa delicada tarefa a um robô. Chamado de Robovie, o humanoide trabalha em uma loja de esportes em Osaka (oeste do Japão). Ele faz parte de um experimento do instituto de pesquisa ATR em Kyoto, que desenvolveu a máquina.
Equipado com câmeras e laser de detecção (Lidar), o Robovie identifica os clientes que estão sem máscara ou muito próximos entre si - neste caso, ele pede aos clientes que mantenham distância uns dos outros.
RFI
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