Um dia depois do anúncio de um lockdown parcial, o governo da França deu mais detalhes sobre o plano para evitar uma piora da segunda onda do novo coronavírus no país e prevenir um caos econômico ainda mais grave.
Em entrevista coletiva, ministros do governo francês detalharam as seguintes medidas:
- Saídas autorizadas de casa — as pessoas poderão sair para comprar alimentos, por razões médicas, por motivos familiares essenciais, para ajuda às pessoas vulneráveis ou para atender a convocações judiciais ou administrativas. Elas podem sair para trabalhar, também, quando o trabalho de casa não for possível.
- Atividades físicas — também está permitida a saída de casa por uma hora todos os dias para "tomar um ar" ou fazer exercícios. Parques, jardins, florestas e praias ficarão abertas, diferentemente do primeiro lockdown.
- Multa — quem desrespeitar o isolamento será multado em 135 euros, o que equivale a mais de R$ 900. Será exigida uma declaração de justificativa pela saída de casa.
- Permanecem fechados — bares, restaurantes, lojas que não sejam de primeira necessidade, salões de beleza, espaços de conferência, teatros, cinemas, academias, parques de diversões, entre outros.
- Escolas — ficam abertas, com o uso de máscaras exigido aos alunos com 6 anos de idade ou mais. Universidades permanecem fechadas.
- Fronteiras — abertas somente as fronteiras europeias. Aos outros países, aceita-se somente o retorno de franceses e de moradores da França.
O primeiro-ministro Jean Castex reforçou o pedido para que as empresas favoreçam o trabalho de casa em todos os dias da semana. A ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, foi além:
"O teletrabalho não é uma opção, mas uma obrigação".
As medidas foram detalhadas depois que o presidente Emmanuel Macron definiu um novo lockdown diante do forte aumento de casos de Covid-19 e da alta ocupação hospitalar no país. O confinamento começa nesta sexta e vai até 1º de dezembro, com a promessa de uma reavaliação a cada 15 dias para verificar se há condições para uma reabertura parcial do comércio.
Ajuda financeira
O governo francês prometeu também ajuda financeira pra conter o baque na economia nacional causado pelo novo confinamento. A estimativa do ministro da Economia, Bruno Le Maire, é gastar 15 bilhões de euros da seguinte maneira:
- 6 bilhões para fundos de solidariedade
- 7 bilhões para atividades que funcionarão parcialmente
- 1 bilhão para exoneração em contribuições sociais
- 1 bilhão para custear uma parte dos aluguéis das empresas
Além disso, o governo anunciou que proprietários de imóveis que renunciarem ao pagamento de um mês de aluguel entre outubro e dezembro vão receber 30% do valor devido.
G1
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