Mais de cem combatentes morreram na segunda-feira e nesta terça-feira (27) em confrontos entre forças do governo da Síria, apoiadas pela Rússia, e grupos rebeldes do país. Os dados são do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Na segunda-feira, a Força Aérea russa, que apoia o governo da Síria, bombardeou campos de treinamento da Frente Nacional de Libertação (FNL), um grupo de rebeldes que tem o apoio da Turquia.
Esses ataques deixaram quase 80 mortos.
Em resposta, os rebeldes então lançaram centenas de obuses contra posições do governo de Bashar al-Assad.
Os combatentes do governo, então, atacaram áreas controladas pelo Estado Islâmico (EI) no deserto sírio. Cerca de 30 soldados de ambos os lados morreram nesses confrontos.
Apesar de sua derrota e da queda do califado em março de 2019, o Estado Islâmico mantém sua capacidade de atacar, principalmente nessa área desértica.
O porta-voz da FNL, Naji Mustafa, chamou sua ação de "resposta imediata e direta ao crime" do dia anterior, dirigida contra as forças do governo ao sul de Idlib e no norte de Hama, afirmou à AFP.
"A resposta continuará e será contundente", ressaltou Mustafa, da FNL, acusando a Rússia de tentar "sabotar" a trégua em vigor em Idlib desde março.
Metade da província de Idlib e porções das províncias contíguas de Hama, Aleppo e Latáquia ainda estão controladas por grupos rebeldes. O governo de Damasco já manifestou várias vezes sua determinação em reconquistar completamente o território.
Essa região de três milhões de habitantes é dominada pelo grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), mas também é refúgio de grupos rebeldes menos influentes, como os que integram a FNL.
Desde março de 2019, mais de 900 combatentes do governo morreram durante os confrontos, assim como 140 membros das milícias aliadas, contra 500 jihadistas, segundo o OSDH.
Iniciada em 2011, a guerra da Síria já custou a vida de mais de 380 mil pessoas e levou milhões ao exílio.
France Presse
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