A apuração final dos votos na Bolívia terminou na quinta-feira (23) e aponta que Luis Arce teve 55% dos votos. O segundo colocado, Carlos Mesa, teve 28,8%.
Até esta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro foi o único líder de país vizinho da Bolívia que não cumprimentou o candidato vitorioso nas redes sociais.
Os presidentes da Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Paraguai já acenaram a Arce. No ano passado, quando Jeanine Añez assumiu a presidência boliviana de forma interina, o Brasil foi o primeiro governo a reconhecer a sua legitimidade.
O G1 entrou em contato com o Itamaraty para perguntar se houve telefonema ou troca de mensagens entre o presidente eleito da Bolívia e o líder brasileiro.
Vitória com folga
Arce, do Movimento Ao Socialismo (MAS), o mesmo partido de Evo Morales, ganhou com folga a eleição presidencial: ele só precisava ter 40% dos votos e uma diferença de 10 pontos percentuais em relação o segundo colocado para ser considerado vitorioso no primeiro turno.
Quase 27 mil bolivianos votaram no Brasil e, entre eles, 86,3% escolheram em Arce.
Apesar de o resultado final só ter sido divulgado na quinta-feira, logo no começo da semana os adversários de Arce já haviam concedido a derrota. Além de Mesa, a presidente interina, Jeanine Añez, também reconheceu a vitória do MAS.
OEA reconhece vitória de Arce
Manuel González, chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), também afirmou que a votação foi transparente e que Arce é o vencedor.
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse na quinta-feira (22) que não há semelhanças entre as eleições anuladas da Bolívia em 2019 e a votação de domingo.
"Não existe um paralelo, não é muito inteligente traçar esse paralelo", acrescentou o diplomata uruguaio.
Almagro foi criticado pelo México pelo papel da missão eleitoral da OEA nas eleições da Bolívia de 2019, nas quais Morales buscava um quarto mandato.
A OEA publicou um relatório que estabeleceu uma "manipulação dolosa" a favor de Evo.
O então presidente cancelou os resultados. Horas depois, foi pressionado por militares a renunciar. Ele deixou a presidência e teve que se exilar no México e depois na Argentina.
Almagro afirmou que a vitória do MAS deste ano não implica um atestado de lisura do pleito realizado em 2019. O chefe da OEA mencionou a alteração das atas, as atas falsificadas e o voto de pessoas falecidas durante as eleições de 2019.
G1
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