Carlos Mesa, o principal adversário de Luis Arce nas eleições da Bolívia, afirmou nesta segunda-feira (19) em uma rede social que caberá a ele ser da oposição.
"Faço um agradecimento a todos os bolivianos que votaram no Comunidade Cidadã (CC). Ao povo boliviano pelo seu compromisso democrático. A todos os dirigentes do CC, a nossos aliados. Cabe-nos sermos líderes de oposição. Honraremos a Bolívia", ele escreveu.
A apuração ainda não chegou a um resultado final, como mostra o vídeo abaixo, mas as pesquisas de boca de urna apontam uma vitória em primeiro turno de Luis Arce, do partido Movimento ao Socialismo (MAS), o mesmo de Evo Morales.
Arce tem 53%, segundo a entidade Tu Voto Cuenta, contra 30,8%, de Carlos Mesa. Pela pesquisa, o candidato do MAS alcançou a maioria simples e estaria eleito.
Uma pesquisa da Ciesmori divulgada pela rede de TV Unitel mostra números parecidos: Arce com 52,4% e Mesa com 31,5%.
No entanto, foram contabilizados cerca de 20% dos votos até agora.
"Todos os dados até agora mostram uma vitória para o MAS", disse Evo Morales em uma entrevista coletiva em Buenos Aires.
Jeanine Añez, a presidente interina e adversária do MAS, também já declarou que Arce é o vitorioso.
Arce foi ministro da Economia de Evo. Ele se pronunciou pouco depois da meia-noite em La Paz. "Nós iremos trabalhar e vamos concluir o processo de mudança sem ódio. Nós vamos aprender e superar os erros que cometemos [no passado] como MAS", disse ele.
Resultado oficial
O resultado pode levar mais de um dia para ser conhecido, pois o Tribunal Superior Eleitoral decidiu eliminar o sistema de apuração preliminar, como mostra o vídeo acima, e manter apenas a contagem individual, muito mais lenta
Na eleição de 2019, foi justamente a adoção dos dois sistemas paralelos que causou confusão, quando números do sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares, batizado de Trep, começaram a diferir da contagem individual de votos.
A votação do domingo transcorreu em clima pacífico, e foi encerrada sem problemas às 17 horas (18 horas em Brasília).
Os eleitores votaram para escolher quem vai substituir Jeanine Añez, a presidente interina que assumiu em novembro de 2019, após a anulação da votação daquele ano e os distúrbios que levaram Evo Morales a renunciar.
Para evitar os problemas do ano passado, grupos ligados a fundações e universidades observaram os locais de votação, segundo Juan Carlos Nunes, da Fundación Jubileo, uma fundação católica de incentivo à democracia no país.
G1
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