As duas principais autoridades da Igreja Anglicana pediram desculpas às vítimas de pastores pedófilos antes da publicação, prevista para esta terça-feira (6), de uma investigação independente sobre a atuação da instituição em casos de abuso sexual de menores.
Em uma carta aberta, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, e o arcebispo de York, Stephen Cottrell, declararam que estão "verdadeiramente arrependidos da forma vergonhosa como a Igreja agiu".
"Nos comprometemos a ouvir, aprender e agir em resposta às conclusões do relatório", diz o documento.
A Comissão Independente de Inquérito sobre Violência Sexual de Menores (IICSA) deve publicar um relatório nesta terça, com base em uma audiência pública realizada em julho de 2019, examinando as respostas da Igreja da Inglaterra e da Igreja do País de Gales às alegações de abuso sexual de menores.
O relatório examina ainda o caso da diocese de Chichester, no sul da Inglaterra, e do falecido bispo Peter Ball. Este último foi condenado em 2015 a 32 meses de prisão por crimes sexuais cometidos contra 18 jovens ao longo de três décadas.
Em um relatório anterior publicado em maio de 2019, a comissão acusou a Igreja Anglicana da Inglaterra de priorizar sua "reputação", em detrimento das vítimas de seu corpo religioso. Também criticou o príncipe Charles, herdeiro do trono, por seu "equivocado" apoio a Peter Ball.
"Sem dúvida, haverá recomendações fortes e vamos acolhê-las com satisfação", escreveram os arcebispos, prometendo agir para tornar a Igreja um lugar seguro para todos e "atender às necessidades de apoio e reparação por parte dos sobreviventes".
France Presse
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