O governo dos Estados Unidos removeu dezenas de crianças imigrantes de um abrigo em Clint, no Texas, nesta segunda-feira (24) após denúncias de más condições. De acordo com relatos, cerca de 300 menores estavam no local com alimentação ruim e situação higiênica precária.
Advogados denunciaram que crianças não conseguiam dormir por fome e alguns bebês sequer tinham fraldas.
Além disso, segundo relatos publicados pela agência Associated Press, os menores usavam roupas sujas – inclusive algumas com a sujeira da travessia da fronteira. Várias das crianças passaram semanas ou completaram um mês no abrigo. Havia, ainda, internos doentes – 10 deles em quarentena.
Os advogados também denunciaram que crianças pouco mais velhas – com cerca de 8 anos – em obrigadas a cuidar das menores e fazer atividades como dar banho nelas.
Após as denúncia, somente 30 ficaram no abrigo, perto da fronteira com o México. Os outros menores foram realocados para outras instalações no Texas.
Autoridades respondem
O Escritório de Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês), não respondeu à agência AP sobre as condições no abrigo. Entretanto, em nota, o órgão do governo norte-americano disse:
"Nossas instalações temporárias não foram criadas para suportar populações em situação de vulnerabilidade. Precisamos urgentemente de mais financiamento humanitário para lidar com a crise".
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou à imprensa norte-americana que a situação nos abrigos é "totalmente inaceitável". Ele pediu que o Congresso aprovasse mais recursos para segurança na fronteira para lidar com a crise.
G1
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