As autoridades da região espanhola de Madri pediram nesta quarta-feira (23) uma ajuda urgente para contratar centenas de médicos estrangeiros e reforçar o policiamento, enquanto estudam ampliar um isolamento de coronavírus parcial em mais áreas devido ao aumento de casos.
A região é a mais atingida da Espanha por uma segunda onda de coronavírus, e restringiu a circulação entre e dentro de alguns distritos que abrigam cerca de 850 mil pessoas.
Ignacio Aguado, vice-líder do governo regional, disse a repórteres que a região precisa de 300 médicos de fora da União Europeia que trabalharam na primeira onda de pandemia, mas que não pode contratá-los de imediato devido a regulamentos complexos.
Ele também pediu ao governo central 22 policiais nacionais para a aplicação de quarentenas e multas em áreas sujeitas a isolamentos parciais.
Na segunda-feira (21), a região pediu ao governo central que o Exército ajude a combater a disparada do coronavírus dentro e nos arredores da capital, onde o isolamento parcial de algumas áreas mais pobres gerou protestos.
"Decidimos solicitar formalmente uma ajuda logística dos militares para instalar barracas (hospitalares), realizar exames e tarefas de desinfecção em cada uma das áreas sob restrições", explicou Aguado nesta quarta-feira.
Os moradores da maioria de bairros de renda mais baixa em que as taxas de infecção estão mais altas dizem que as medidas são ineficientes e injustas.
"A batalha contra o vírus não está no confinamento, está nos cuidados básicos de saúde, com os quais podemos examinar o positivo e o negativo para podermos confinar as pessoas que estão realmente infectadas", disse o aposentado Nieves Marcos, da área de Usera, uma das submetidas a um isolamento parcial.
Na terça-feira (22), dados de saúde regionais mostraram que o número de áreas com índices de contágio acima de mil para cada 10 mil pessoas cresceu quase 50% e chegou a 53. Autoridades disseram que as restrições podem ser ampliadas após uma revisão desta semana e que não descartam medidas mais rígidas.
Madri responde por cerca de um terço dos casos de coronavírus da Espanha e tem a maior taxa de ocupação hospitalar com pacientes de Covid-19.
O número espanhol cumulativo de infecções confirmadas de coronavírus disparou desde o fim de um isolamento nacional no final de junho e está em 682.267 – o maior da Europa Ocidental. Mais de 30.900 pessoas já morreram de Covid-19.
Reuters
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