Assessores do presidente norte-americano, Donald Trump, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voaram nesta segunda-feira (31) para os Emirados Árabes Unidos. As delegações partiram do Aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, no primeiro voo comercial entre os dois países.
A viagem marca o início da normalização das relações diplomáticas entre Israel e Emirados Árabes após negociação que teve Trump como protagonista. O acordo foi anunciado no começo do mês e torna os Emirados Árabes a terceira nação árabe a ter relações plenas com o estado israelense, depois do Egito e da Jordânia.
A delegação americana inclui o conselheiro sênior e genro de Trump, Jared Kushner, e o conselheiro de segurança nacional, Robert O’Brien. Israel será representado pelo conselheiro de segurança nacional, Meir Ben-Shabbat, e pelos diretores gerais de vários ministérios, que se reunirão com autoridades dos Emirados.
O Boeing 737 da companhia israelense El Al teve a palavra “paz” pintada em árabe, inglês e hebraico na fuselagem, em cima da janela do piloto.
Representantes de Israel e Emirados deverão se reunir para assinar acordos bilaterais sobre investimentos, turismo, voos diretos, segurança, telecomunicações e outros assuntos, segundo o comunicado.
Acordo
O comunicado do acordo, firmado em 13 de agosto, afirma que, "como resultado deste avanço diplomático e a pedido do presidente Trump com o apoio dos Emirados Árabes Unidos, Israel suspenderá a declaração de soberania" sobre áreas da Cisjordânia que foram previstas no plano de paz dos EUA divulgado por Trump em janeiro.
No entanto, ao comentar o acordo Netanyahu declarou que o tema da anexação das terras na Cisjordânia "continua na mesa".
O acordo prevê dar aos muçulmanos maior acesso à mesquita de Al-Aqsa na Cidade Velha de Jerusalém, permitindo que voem de Abu Dhabi para Tel Aviv, disseram autoridades da Casa Branca.
O acordo foi selado em um telefonema entre Trump, Netanyahu e o xeque Mohammed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.
A normalização de relações entre os dois países do Oriente Médio é o primeiro desse tipo desde que Israel e Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994. Ele também dá a Trump um sucesso de política externa enquanto busca a reeleição em 3 de novembro.
G1
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