O presidente americano Donald Trump concedeu perdão ao ex-tenente americano Michael Behenna, condenado em 2009 por assassinar um preso iraquiano – decisão que causou muita polêmica com grupos de defesa dos direitos civis, nesta terça-feira (7).
Em um comunicado na segunda à noite, a Casa Branca disse que a decisão é "totalmente merecida", pois Behenna "se comportou como um preso modelo", e seu caso "atraiu amplo apoio" dentro e fora dos círculos militares.
Behenna, de 35 anos, foi condenado em 2009 por uma corte marcial a 25 anos de prisão pelo assassinato do detento Ali Mansur, cometido um ano antes perto de Baiji, no norte do Iraque.
Suspeito de pertencer à Al-Qaeda e de ter sido autor de um ataque a bomba que matou dois soldados americanos, o Exército dos Estados Unidos prendeu o iraquiano no início de maio de 2008. Por não conseguir provar sua participação no ataque, ordenou que ele fosse solto, após dez dias de detido.
O tenente Behenna, que conhecia as duas vítimas, ficou encarregado de levar o iraquiano de volta para sua aldeia com seu pelotão, mas decidiu interrogá-lo em uma estrada isolada.
O corpo nu do iraquiano foi encontrado no dia seguinte com dois tiros e parcialmente queimado.
No julgamento, o tenente Behenna alegou legítima defesa. Após várias apelações, sua sentença foi reduzida para 15 anos de prisão pelo escritório de indultos militares. Foi posto em liberdade condicional em 2014.
France Presse
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