Cerca de 73% dos russos apoiaram as mudanças constitucionais que permitem que Vladimir Putin seja eleito mais duas vezes, de acordo com relato da agência Interfax nesta quarta-feira (1).
Os primeiros resultados, da apuração no extremo leste do país, mostram que 73,7% dos eleitores apoiam as reformas, afirma outra agência, a RIA.
Houve uma pequena manifestação na Praça Vermelha, em Moscou, por causa da possibilidade de Putin ficar no poder até 2036.
Em março, o Parlamento da Rússia aprovou mudanças na Constituição do país que permitem que Putin permaneça outros 12 anos no poder depois do fim do seu mandato atual, que acaba em 2024.
No mesmo mês, o Tribunal Constitucional aprovou as alterações.
O passo seguinte, um plebiscito, havia sido marcado inicialmente para o fim de abril. No entanto, por causa da pandemia, aconteceu em sete dias e terminou nesta quarta-feira (1).
Putin, de 67 anos, é um ex-agente da KGB, o antigo serviço de inteligência soviético, e está no poder no país há mais de 20 anos.
Inicialmente, ele foi presidente durante dois mandatos consecutivos de quatro anos. Ao fim desse período, um aliado dele, Dmitry Medvedev, assumiu a presidência, enquanto o próprio Putin serviu como primeiro-ministro.
Durante o governo de Medvedev, o mandato passou a ser de seis anos. Putin foi eleito então em 2012 e, novamente, em 2018.
A reforma constitucional aprovada pela Duma nesta quarta-feira (11) permitiria que Putin pudesse concorrer mais duas vezes depois de 2024.
As mudanças redistribuem os poderes executivos do governo russo e aumentam o poder do presidente.
Também foram votados a proibição ao casamento de pessoas do mesmo gênero e a “crença em Deus” passa a ser considerada legalmente um valor tradicional russo.
A proposta para dar mais tempo ao atual presidente foi feita pela deputada Valentina Tereshkova. Ela foi a primeira mulher do mundo a viajar para o espaço.
Logo depois do discurso dela, Putin apareceu no Congresso e verbalizou seu apoio.
Como era o mundo quando Putin chegou ao poder
Vladimir Putin virou primeiro-ministro do presidente Boris Yelstin em 10 de agosto de 1999. Todo o gabinete foi demitido para a nomeação.
Ele foi o quinto nome a ocupar o cargo em 17 meses. Em dezembro daquele ano, ele assumiu o cargo de presidente.
G1
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