O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu na noite de sexta-feira (15) um inspetor do governo que investigava o secretário de Estado, Mike Pompeo, segundo informações de um congressista democrata.
O Departamento de Estado confirmou a informação sobre a demissão do inspetor-geral Steve Linick sem declarar o motivo da demissão.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes (Deputados), democrata Eliot Engel, disse que Linick havia aberto uma investigação sobre Pompeo.
"O fato de Linick ter sido demitido no meio de uma investigação desse tipo sugere fortemente que esse é um ato ilegal de retaliação", acrescentou o congressista.
Um assessor democrata no Congresso declarou, sob anonimato, que Linick estava investigando acusações de que Pompeo abusou de uma pessoa nomeada pelo poder político para realizar tarefas pessoais para ele e sua esposa.
Pompeo viaja com frequência no avião do governo junto com sua mulher, Susan, o que gera controvérsia, já que ela não tem posição oficial.
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, afirmou que o investigador demitido foi "punido por ter cumprido honradamente seu dever de proteger a Constituição" e a "segurança nacional".
Promotor de longa data, Linick foi nomeado em 2013 pelo antecessor de Trump, Barack Obama, para supervisionar o uso dos US$ 70 bilhões da diplomacia americana.
Um porta-voz do Departamento de Estado informou que o novo inspetor-geral será Stephen Akard, ex-assistente do vice-presidente Mike Pence.
Desde o ano passado, Akard chefia o Escritório de Missões Estrangeiras do Departamento de Estado, responsável pelas relações com diplomatas nos Estados Unidos.
France Presse
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