Ao menos 940 marinheiros do porta-aviões Charles de Gaulle apresentaram positivo para o teste de Covid-19, informou a diretora do Serviço de Saúde do Exército (SSA), Marilyne Gygax Généro, nesta sexta-feira (17).
Anteriormente, o número de confirmados era de 668 casos. O Exército francês disse que todos os 2,3 mil membros da embarcação foram submetidos ao teste para comprovar a infecção pelo novo coronavírus.
"Somos e seremos transparentes. O contágio no porta-aviões é um evento absolutamente importante. Sem dúvida, haverá consequências a serem tiradas no final desta crise", disse Généro em um comunicado.
Prestação de contas
A diretora Généro compareceu nesta sexta à Comissão das Relações Exteriores, Defesa e Forças Armadas do Senado francês para prestar contas sobre o avanço dos casos no navio.
O senador Christian Cambon disse que pedirá à ministra da Defesa, Florence Parly, testes de diagnóstico sistemáticos nas Forças Armadas antes de qualquer operação.
"Não é lógico que os militares não passem por testes antes de iniciarem uma missão, por sua segurança, mas também pela eficácia da operação" – Christian Cambom, presidente da comissão das Relações Exteriores, Defesa e Forças Armadas do Senado francês.
Em nota, a diretora reconheceu que é impossível diagnosticar todas as unidades militares, assim como generalizar o uso das máscaras. No porta-aviões, 500 marinheiros apresentaram sintomas, 20 estão hospitalizados, um deles em estado grave.
Os marinheiros que deram negativo foram colocados em quarentena em um complexo militar. O porta-aviões nuclear chegou ao porto de Toulon, sul da França, no domingo (12), duas semanas antes do previsto.
A origem dos contágios é desconhecida. A tripulação, em missão há três meses, não esteve em contato com o exterior desde uma escala em Brest, oeste francês, de 13 a 16 de março.
G1
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