Novembro 24, 2024

Governo francês mobiliza 100 mil agentes de segurança para fiscalizar confinamento; Paris tem ruas vazias

Cerca de 100 mil agentes de segurança foram mobilizados para fiscalizar as ruas e multar quem não respeitar as regras de confinamento estabelecidas pelo governo francês a partir desta terça-feira (17). Fotos mostram ruas e pontos turísticos de Paris vazios.

Na segunda-feira (16), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que os franceses só poderão sair às ruas por motivos de primeira necessidade. A restrição de circulação começou a valer às 12h (8h no horário de Brasília).

Os cidadãos só podem circular na rua para ir ou vir do trabalho, ir ao supermercado e ir aos centros de saúde, se necessário, e todas as infrações serão sancionadas. A partir desta terça, não será mais possível "encontrar amigos ou ir ao parque".

"Estamos em guerra. Uma guerra de saúde, mas o inimigo está lá. Invisível, escorregadio. Peço que sejam responsáveis e não entrem em pânico", afirmou o presidente francês em pronunciamento em rede nacional na segunda-feira (16).

Todos estabelecimentos públicos não essenciais, como bares, restaurantes e cinemas, já estão fechados no país, que já tem casos de contaminação em todo o seu território.

De acordo com o levantamento mais recente da Organização Mundial da Saúde, a França tem 5,3 mil casos de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. A epidemia surgiu em Wuhan, na província chinesa de Hubei.

Veja abaixo as principais medidas tomadas pelo governo francês:

  • Proibição de reuniões públicas nas ruas e parques entre amigos e familiares desta terça
  • Suspensão de viagens por 30 dias em países fora da Zona Schengen — grupo de 26 países europeus com livre circulação. Franceses no exterior poderão retornar
  • Suspensão do segundo turno das eleições locais, que ocorreriam no próximo do domingo
  • Suspensão das contas de luz, gás e aluguéis para empresas
  • Reformas em curso ficarão suspensas, inclusive a reforma da Previdência

300 bilhões de euros de ajuda
Para mitigar os efeitos econômicos do coronavírus, Macron prometeu uma garantia de 300 bilhões de euros para empréstimos bancários a empresas. Trata-se de um "dispositivo excepcional para adiar impostos e encargos sociais, apoiar ou estender vencimentos bancários e garantias do Estado no valor de 300 bilhões de euros para todos os empréstimos bancários contratados com bancos".

Ele também fez um apelo para que as empresas adaptem sua organização para respeitar as medidas de proteção e disse que o estado francês se compromete em ajudar empresas que correm risco de falência devido ao novo coronavírus.

G1
Portal Santo André em Foco

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