O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente nesta quinta-feira (30) o procurador especial Robert Mueller, que encerrou a investigação de dois anos sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.
Trump, que falou com jornalistas nos jardins da Casa Branca antes de embarcar em um helicóptero para uma visita ao estado do Colorado, classificou Mueller de "verdadeiro anti-Trump".
Segundo o presidente, o procurador especial "nunca deveria ter sido designado" para realizar as investigações sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e o suposto conluio de Moscou com a campanha de Trump para favorecê-lo na disputa com a rival democrata Hillary Clinton.
Em suas conclusões, Mueller determinou no relatório que não há provas de vínculos entre o entorno da equipe eleitoral de Trump e o Kremlin, mas não chegou a uma conclusão sobre um possível crime de obstrução de Justiça por parte do presidente. Ele deixou nas mãos do Congresso a possibilidade de iniciar um processo de impeachment contra Trump.
'Não houve crime', disse Trump
Na conversa desta quinta (30), o presidente americano também descartou a possibilidade de impeachment, que vem sendo discutida entre os democratas.
"Não vejo como... É uma palavra suja, nojenta, repugnante... é um assédio gigante ao presidente. Não houve crime. Não houve contravenção", afirmou.
Os democratas, que têm maioria na Câmara dos Representantes, estão divididos sobre as possíveis implicações políticas da abertura de um processo de impeachment em relação às eleições do ano que vem.
Trump também criticou Robert Mueller e a investigação sobre a Rússia no Twitter.
"O maior assédio presidencial na história. Depois de gastar US$ 40 milhões ao longo de dois anos sombrios, com acesso ilimitado, pessoas, recursos e cooperação, Robert Mueller, altamente conflituoso, teria feito as acusações, se tivesse QUALQUER COISA, mas não havia nenhuma acusação a ser feita!" escreveu o presidente.
"Rússia, Rússia, Rússia! Isso é tudo que se ouvia no começo desta caça às bruxas... E agora a Rússia desapareceu porque eu não tive nada a ver com a Rússia me ajudar a ser eleito. Foi um crime que não existia", disse.
G1
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