Abril 21, 2025
Arimatea

Arimatea

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez questão de avisar, em primeira mão, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de sua escolha por Gleisi Hoffmann como nova ministra das Relações Institucionais.

Os dois desejaram pleno êxito e muito sucesso a ela em notas oficiais, mas reservadamente têm dúvidas sobre como funcionará a articulação política do governo Lula.

Aliados de Alcolumbre e Hugo Motta ficaram surpresos com a escolha da presidente do PT para comandar uma pasta em que a principal virtude deve ser o diálogo, enquanto a hoje deputada federal sempre teve uma carreira política pautada pelo embate político com a oposição e até em relação a aliados.

Um aliado de Alcolumbre disse ao blog que Gleisi Hoffmann terá de mudar muito o seu estilo para garantir a aprovação das principais propostas do governo dentro do Congresso neste ano.

Outro aliado do presidente do Senado alertou que a escolha de Lula pode enfraquecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já que a presidente do PT já fez críticas públicas ao chefe da equipe econômica.

Entre os deputados próximos de Hugo Motta, foi destacado o ponto da nota do presidente da Câmara de que ele sempre teve boa relação com Gleisi Hoffmann. O que é fato. Ele foi um das principais responsáveis pelo apoio do PT à candidatura de Hugo Motta, o que pode facilitar seu diálogo com o comando da Casa.

Esses aliados de Hugo Motta destacam, porém, que o presidente da Câmara dos Deputados preferia a escolha do líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL). E teme também um enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Tanto Alcolumbre como Hugo Motta vinham defendendo um empoderamento de Fernando Haddad como forma de recuperar a credibilidade do governo Lula junto a investidores internacionais.

Agora, seus aliados temem de que esteja acontecendo exatamente o oposto. A entrada de uma opositora de Haddad no Palácio do Planalto, onde o ministro da Casa, Rui Costa, já teve embates com o chefe da Fazenda.

Na equipe ministerial, um ministro avaliou que o presidente, ao convidar Gleisi Hoffmann, decidiu "dobrar a aposta" na linha do enfrentamento e de cobrança de cumprimento de acordo e de apoios de sua base aliada. Ou seja, ela estaria sendo escalada para garantir que os partidos que estejam no governo votem com o Palácio do Planalto.

Um aliado de Hugo Motta lembra, porém, que o ministro das Relações Institucionais hoje não tem mais o poder do passado, depois que a maior parte das emendas parlamentares se tornou de pagamento obrigatório.

Segundo ele, muito possivelmente, Lula ouviu a recusa de alguns políticos para comandar a pasta e decidiu optar pela presidente do PT por saber que ela é do embate e defensora total do seu governo.

g1
Portal Santo André em Foco

Parlamentares ouvidos pelo g1 nesta sexta-feira (28) avaliam que a proximidade de Gleisi Hofmann com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi um dos pontos que pesou na escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.

A pasta é responsável pela articulação do governo com o Congresso e tem entre as atribuições coordenar a interlocução do Poder Executivo com as organizações da sociedade civil.

Segundo os parlamentares, a nomeação passou por um arranjo que envolveu a indicação de Lindbergh Farias (PT-RJ) para a liderança do PT, a nomeação de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde e a escolha de Isnaldo Bulhões (MDB-AL) para a liderança do governo na Câmara, esta última ainda não concretizada.

A presidente do PT foi peça fundamental no apoio do PT a Motta na eleição para a Casa, e atuou junto com Lindbergh e Isnaldo na escolha.

Juntos, eles são apontados como “mentores intelectuais” da candidatura de Motta, ao lado do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL). Isnaldo chegou colocar seu nome para a disputa da presidência, mas retirou em apoio a Motta.

Esse arranjo, segundo os parlamentares, mostra que a relação com o Legislativo não será tocada apenas por Gleisi.

A deputada é criticada por colegas por ter pouco trânsito entre os “deputados da planície” e, na palavra de um parlamentar, carregar um estigma de ser petista demais”.

Outra ponto no arranjo é manter o controle da Saúde com o PT no momento em que as emendas parlamentares foram liberadas, ao mesmo tempo em que o partido continua à frente da pasta (SRI) que cuida do relacionamento e articulação com os movimentos sociais.

Empoderada
Apesar das críticas à defesa enfática das pautas do partido, deputados acreditam que Gleisi será uma ministra mais forte do que o ex-chefe da pasta.

Padilha era considerado um ministro “fraco” pelos parlamentares, por não ter autoridade e força frente aos ministérios para cumprir as promessas feitas a deputados e senadores.

Os parlamentares avaliam que Gleisi tem uma melhor relação com Lula e chega mais empoderada ao cargo.

g1
Portal Santo André em Foco

Integrantes da oposição e da base mais afeita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão soltando fogos com a escolha de Gleisi Hoffmann para a articulação política do governo Lula 3. Ela assumirá o posto de Alexandre Padilha, que foi para o Ministério da Saúde, na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.

“Todos os líderes estão me ligando estarrecidos com a alienação do presidente Lula. Nem se tivesse entregado ao Bolsonaro a definição de um roteiro de autoimplosão do governo seria tão efetivo”, avalia o presidente de um partido da oposição, ao ser questionado sobre a nomeação de Gleisi.

A presidente do PT foi escolhida por Lula para liderar a reintegração do governo com uma base rachada e fortemente contaminada pelas baixas de popularidade indicadas por pesquisas, como a última Quaest. De perfil combativo, a deputada volta ao Planalto depois de alguns anos.

Ela foi ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff e é conhecida por fazer, inclusive, muitas críticas ao próprio governo, em especial à Fazenda, de Fernando Haddad.

Lula tenta resolver dois problemas: a sucessão no PT — ele tem um favorito para a presidência da sigla, o ex-prefeito Edinho Silva — e ainda acertar as pontas com a própria base e o centrão.

Gleisi assumiu papel central na costura do acordo do PT para eleger o atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ainda assim, a base do governo sabe que ela é vista como uma pessoa divisiva, combativa e que "vem para o governo para fazer luta política".

A simples especulação do nome de Gleisi, na quinta-feira (27), agitou o mercado financeiro. A ver a reação com a escolha.

g1
Portal Santo André em Foco

O Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, pasta responsável pela articulação política do governo.

Atual presidente do PT, Gleisi vai substituir Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. A posse de Gleisi está marcada para 10 de março.

Gleisi chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, porém Lula optou por escalar a aliada na Secretaria de Relações Institucionais.

O presidente foi aconselhado por aliados a escolher um nome de partidos do Centrão para fazer a relação com o Congresso, porém não acatou a sugestão e manteve a pasta com o PT.

Em uma rede social, Lula comentou a escolha de Gleisi para a Secretaria de Relações Institucionais, afirmando que a parlamentar "vem para somar".

"A companheira e deputada federal Gleisi Hoffmann vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O Alexandre Padilha assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho", declarou o petista.

Também em uma rede social, Gleisi disse que recebe o convite com "imensa responsabilidade" e que seguirá "dialogando" com partidos e lideranças.

"É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas, como fiz nas posições que ocupei no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na Casa Civil, na Diretoria de Itaipu e, atualmente, na presidência do PT", afirmou.

Alexandre Padilha, que dirigiu a SRI desde o começo do governo, em janeiro de 2023, parabenizou Gleisi em uma rede social disse ter certeza de que ela "terá muito sucesso na articulação política" do governo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que "sempre teve boa relação" com Gleisi. Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, desejou "muito sucesso" à nova ministra da articulação política.

Ambos foram comunicados por Lula da escolha da deputada para a Secretaria de Relações Institucionais.

Perfil da nova ministra
Presidente do PT desde 2017, Gleisi Hoffmann dirigiu o partido em um dos momentos mais delicados dos seus 45 anos de história, durante o avanço da Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff, a vitória de Jair Bolsonaro e os 580 dias de prisão de Lula.

Deputada federal pelo Paraná, Gleisi teve papel importante na campanha de 2022, porém o presidente optou por deixá-la no comando do PT. Nos últimos dois anos, a parlamentar foi ouvida com frequência por Lula antes de decisões importantes.

O presidente costurou a nomeação de Gleisi como ministra junto com a sucessão do PT, que neste ano escolhe um novo comando.

Com Gleisi, Lula coloca no governo um nome com posições mais à esquerda e crítico da agenda do mercado financeiro.

A gestão no PT e a trajetória de Gleisi fazem com que ela seja um dos nomes mais respeitados pelos filiados do partido.

Antes de presidir a legenda, ela foi senadora entre 2011 e 2018. A parlamentar se licenciou do mandato de 2011 a 2014 para exercer o cargo de ministra da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma.

Gleisi iniciou a trajetória política no movimento estudantil no Paraná, formou-se em Direito, atuou como secretária estadual em Mato Grosso do Sul e foi secretária de Gestão Pública em Londrina. Também foi diretora financeira da Itaipu Binacional.

g1
Portal Santo André em Foco

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria sexta-feira (28) para validar o plano de trabalho apresentado pelo Congresso e pelo governo com objetivo de garantir o pagamento das emendas parlamentares.

O plano, que prevê mais transparência e rastreabilidade nos repasses do dinheiro, recebeu o aval do relator, ministro Flávio Dino. Ele foi seguido pela maior parte dos ministros, que confirmaram a decisão de validar o acordo fechado entre o Legislativo e Executivo.

Votaram a favor os ministros: Flávio Dino, Roberto Barroso, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Edson Fachin.

O julgamento ocorre no plenário virtual e os votos podem ser apresentados no sistema até o dia 5 de março.

Com a homologação pelo plenário, não restam impedimentos para a execução das emendas parlamentares ao Orçamento de 2025, bem como as relativas a exercícios anteriores, de acordo com o ministro Dino.

Uma das principais medidas previstas no plano é a identificação nominal dos parlamentares que solicitaram e apoiaram as emendas.

No voto, o ministro Alexandre de Moraes destacou que “a modelagem de ferramentas de controle indica uma aprendizagem institucional que concilia a realidade política e administrativa do orçamento público com a necessidade imperiosa de cumprimento da Constituição”.

Segundo o ministro, "chama a atenção, de modo positivo, a preocupação do Plano de Trabalho com a estruturação de dados para compartilhamento entre órgãos e para acessibilidade a toda a sociedade civil, associado a soluções tecnológicas adequadas e compromisso público de órgãos e autoridades dos dois Poderes com o cumprimento transparente de rotinas, prazos e cronogramas na execução de emendas parlamentares”.

Porém, não serão liberadas emendas que tiverem:

? impedimentos técnicos identificados, caso a caso, pelo Poder Executivo ou em decisões do Plenário do STF;

? suspensão específica, anteriormente determinada pelo STF, em face de auditorias realizadas pela CGU em ONGs e demais entidades do terceiro setor;

? transferências especiais (emendas PIX) sem plano de trabalho apresentado e aprovado;

? emendas de comissão e de bancada em relação às quais não haja aprovação ou convalidação registrada em atas de reunião das comissões e das bancadas, respectivamente, com a identificação do parlamentar solicitante ou apoiador e de sua destinação; e

? impedimento previsto em ordem judicial específica vinda de outra instância do Poder Judiciário ou dos sistemas de controle interno e externo.

O plano promete garantir maior controle sobre a destinação das emendas, especialmente as de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, declaradas inconstitucionais pelo Supremo em 2022.

Para Dino, o plano apresentou "avanços institucionais" e a "demonstração do comprometimento dos Poderes Executivo e Legislativo com o cumprimento, em etapas, conforme cronograma apresentado" das determinações do Supremo.

g1
Portal Santo André em Foco

Estados Unidos e Ucrânia não assinaram o acordo sobre a exploração das terras raras ucranianas, que estava previsto para esta sexta-feira (28). A decisão ocorreu após uma discussão entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca.

Nesta semana, os dois países haviam chegado a um entendimento sobre a exploração das terras raras da Ucrânia. Essas regiões possuem minerais valiosos, como manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.

O acordo é considerado essencial para a Ucrânia, que busca manter o apoio dos Estados Unidos. Por outro lado, Trump vê a exploração dos recursos como uma forma de o governo ucraniano retribuir a ajuda financeira enviada pelos americanos durante a guerra.

A Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA não descartou o acordo, mas vai aguardar que a Ucrânia "esteja pronta para ter uma conversa construtiva".

O governo ucraniano não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.

Uma entrevista coletiva prevista com Trump e Zelensky foi cancelada.

Confusão
Durante uma reunião transmitida ao vivo e diante da imprensa na Casa Branca, Donald Trump pressionou Volodymyr Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. O conflito começou em 2022, após a invasão russa ao território ucraniano.

Os Estados Unidos eram aliados da Ucrânia durante o governo de Joe Biden. No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, ele se aproximou do presidente russo, Vladimir Putin, e busca um acordo para encerrar a guerra sem a participação ativa da Ucrânia.

O bate-boca ocorreu na etapa final do encontro de 45 minutos entre os dois no Salão Oval. Zelensky demonstrou desconfiança em relação ao compromisso de Putin de encerrar a guerra e chamou o presidente russo de "assassino".

Diante da declaração, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, interveio: "Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana". Quando Zelensky tentou responder, Trump levantou a voz.

"Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria", afirmou Trump.

Zelensky rebateu, dizendo que Trump tem sido menos firme com Putin: "Não faça concessões a um assassino". Trump, então, respondeu: "Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos".

Após o encontro, Trump publicou no TruthSocial que Zelensky desrespeitou os EUA no Salão Oval e que só poderá voltar quando estiver "pronto para a paz".

g1
Portal Santo André em Foco

O Papa Francisco teve uma crise isolada de broncoespasmo e apresentou piora no quadro respiratório, informou o Vaticano nesta sexta-feira (28).

Segundo o novo boletim médico, divulgado nesta tarde, o pontífice iniciou uma ventilação mecânica não invasiva, respondendo bem à troca de gases. O Papa permanece consciente e colaborou com os procedimentos médicos. O prognóstico, porém, segue reservado.

Ainda segundo o Vaticano, Francisco passou a manhã entre sessões de fisioterapia respiratória e oração na capela.

No início da tarde (no horário local da Itália), ele teve um episódio de vômito com inalação, agravando sua condição respiratória. Ele segue internado há 14 dias no Hospital Gemelli e recebeu a Eucaristia pela manhã.

Nesta sexta, o pontífice completou duas semanas de internação para tratar uma pneumonia bilateral.

Veja o boletim, na íntegra:

“No início da tarde de hoje, após uma manhã alternando fisioterapia respiratória com oração na capela, o Santo Padre apresentou uma crise isolada de broncoespasmo, que, no entanto, causou um episódio de vômito com inalação e um rápido agravamento do quadro respiratório.

O Santo Padre foi prontamente submetido a broncoaspiração e iniciou ventilação mecânica não invasiva, com uma boa resposta nas trocas gasosas. Ele permaneceu sempre alerta e orientado, colaborando com as manobras terapêuticas.

O prognóstico permanece, portanto, reservada. Pela manhã, recebeu a Eucaristia.

É o que informa o boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado na noite desta quarta-feira, 28 de fevereiro, sobre o estado de saúde do Papa, internado há quatorze dias no Policlínico Gemelli".

A confirmação do quadro de saúde do papa vem após o Vaticano deixar de mencionar por dois dias consecutivos o quadro crítico que Francisco enfrentou na última semana, desencadeado por uma crise respiratória no último domingo. No entanto, no momento não há previsão de alta.

Na manhã desta sexta-feira, a atualização oficial do Vaticano sobre o papa informou que Francisco teve uma noite de sono tranquila e estava descansando. O pontífice, de 88 anos, está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde o dia 14 de fevereiro. Ele está tratando uma pneumonia nos dois pulmões.

Piora no quadro
Até então, a saúde do papa Francisco seguia em uma trajetória gradual de melhora, mas o pontífice ainda vinha precisando fazer uso de oxigênio e de "dias adicionais" de "estabilidade clínica", segundo o boletim do Vaticano na quinta-feira.

O Vaticano também chamou de "complexo" o quadro clínico do pontífice, e que por isso seriam "necessários mais alguns dias de estabilidade para definir o prognóstico".

"As condições clínicas do Santo Padre também estão melhorando no dia hoje. Hoje, ele alternou a oxigenoterapia de alto fluxo com o uso de máscara respiratória", dizia o boletim do Vaticano de quinta-feira.

Ainda segundo a Santa Sé, Francisco faz fisioterapias respiratórias dárias, intercalando com momentos de descanso, e realiza algum tipo de trabalho durante o dia.

A pneumonia bilateral é uma infecção grave que pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões, dificultando a respiração. O Vaticano descreveu a infecção do papa como "complexa", explicando que foi causada por dois ou mais micro-organismos.

Francisco, que é papa desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é particularmente propenso a infecções pulmonares, pois desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removido.

g1
Portal Santo André em Foco

Confrontos eclodiram em Atenas, na Grécia, nesta sexta-feira (28) durante manifestação que marcou dois anos do pior desastre ferroviário da história do país. Manifestantes atiraram coquetéis molotov em direção à polícia, que protegia do Parlamento grego.

O enfrentamento ocorreu em meio a um protesto massivo na capital grega para exigir justiça às vítimas do desastre, que deixou 57 mortos há exatamente dois anos, em 2023.

Centenas de milhares de pessoas participaram da manifestação nas ruas gregas, segundo a agência de notícias Reuters. O protesto tomou diversas ruas da cidade e chegou à praça em frente ao Parlamento grego, que precisou ser barricado pela polícia. Trabalhadores em greve paralisaram o transporte aéreo, marítimo e ferroviário. (Leia mais abaixo)

Cinquenta e sete pessoas morreram quando um trem de passageiros cheio de estudantes colidiu com um trem de carga em 28 de fevereiro de 2023, perto do desfiladeiro de Tempi, na região central da Grécia.

Dois anos depois, as falhas de segurança que causaram o acidente ainda não foram corrigidas, segundo uma investigação divulgada na quinta-feira. Uma investigação judicial separada segue sem conclusão, e ninguém foi condenado pelo desastre, o que alimentou a revolta da população.

O governo de centro-direita do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, reeleito após o acidente em 2023, tem sido criticado pelos familiares das vítimas por não ter iniciado uma investigação parlamentar sobre as responsabilidades políticas do acidente. O governo nega qualquer irregularidade e afirma que cabe ao Judiciário investigar o caso.

O protesto em Atenas se tornou violento quando um grupo de jovens encapuzados lançou coquetéis molotov contra a polícia e tentou romper as barricadas em frente ao Parlamento. O barulho de bombas de gás lacrimogêneo disparadas pela tropa de choque ecoou pelo centro da cidade. A multidão que tomou a Praça Syntagma, em frente à casa legislativa, entoou gritos de ordem e "assassinos".

Outras manifestações também foram registradas em cidades e vilarejos por toda a Grécia, em um dos maiores protestos do país nos últimos anos.

Os protestos desta sexta-feira refletem a crescente indignação com o desastre em um país onde a desconfiança no governo é comum desde a crise da dívida de 2009-2018, quando milhões de pessoas perderam salários e pensões, e os serviços públicos sofreram cortes severos.

"O governo não fez nada para garantir justiça", disse Christos Main, músico de 57 anos presente no protesto em Atenas. "Isso não foi um acidente, foi assassinato", afirmou. Outra manifestante, que se identificou como Evi, disse que estava lá para homenagear os mortos, "mas também porque o governo tentou encobrir as coisas".

Nesta sexta-feira, muitos alunos foram às aulas vestidos de preto, como símbolo de luto. Outros seguravam balões pretos.

Manifestantes pintaram os nomes dos mortos em vermelho no chão em frente ao parlamento. "Estou sem oxigênio" – as últimas palavras de uma mulher em uma ligação para os serviços de emergência – ecoaram nos cantos entoados em todo o país.

Greve geral
Trabalhadores de diversos ramos da sociedade grega aderiram a uma greve geral de 24 horas em homenagem às vítimas do acidente.

Entre eles estão controladores de tráfego aéreo, trabalhadores marítimos, maquinistas, médicos, advogados e professores. Todos os voos internacionais e domésticos foram cancelados. Comércios foram fechados e teatros cancelaram apresentações.

Em uma postagem no Facebook nesta sexta-feira, Mitsotakis afirmou que seu governo trabalhará para modernizar a rede ferroviária e torná-la mais segura.

"Naquela noite, vimos o lado mais feio do país refletido no espelho nacional", escreveu, referindo-se ao dia do acidente. "Erros humanos fatais se encontraram com deficiências crônicas do Estado."

Partidos de oposição acusam o governo de encobrir provas e pedem sua renúncia. Na próxima semana, o parlamento deve debater a criação de uma comissão para investigar possíveis responsabilidades políticas no desastre.

Uma pesquisa realizada esta semana pela Pulse mostrou que 82% dos gregos consideram o acidente ferroviário "um dos" ou "o mais" importante problema do país, e 66% disseram estar insatisfeitos com as investigações sobre o desastre.

"Todos os dias, o monstro do poder corrupto aparece diante de nós", disse Maria Karystianou, cuja filha morreu no acidente e que lidera uma associação de famílias das vítimas.

Estudantes gritavam "Me avise quando chegar", a última mensagem que muitos dos familiares das vítimas enviaram antes do acidente. Um cartaz dizia: "A Grécia mata seus filhos".

"Estamos aqui porque somos pais, amanhã pode ser com nossos filhos", disse Litsa, uma enfermeira de 45 anos.

g1
Portal Santo André em Foco

Pelo menos 57 trabalhadores ficaram presos após uma avalanche em uma geleira no Himalaia indiano no início da manhã desta sexta-feira (28), no horário de Brasília, segundo autoridades locais.

Até o momento, 16 trabalhadores foram resgatados, informou Pushkar Singh Dhami, governador de Uttarakhand, estado no norte da Índia onde o incidente ocorreu. Segundo o Exército indiano, os trabalhos de resgate estão sendo feitos sob forte nevasca e "pequenas avalanches" no local.

Os trabalhadores presos pela avalanche que estavam envolvidos na construção de uma estrada na área de fronteira, que faz divisa com o Tibete, informou o oficial sênior da polícia Nilesh Anand Bharne à agência de notícias ANI, associada à Reuters.

"Desses 57 trabalhadores presos, 10 foram resgatados em estado grave e enviados para o acampamento do exército próximo à vila Mana", afirmou Bharne.

O local do incidente fica a menos de 5 km do popular templo hindu de Badrinath — visitado por centenas de milhares de devotos todos os anos.

Segundo a agência ANI, os trabalhos de resgate estão sendo dificultados por uma forte nevasca que atinge a região e limita o acesso das equipes ao local onde as pessoas estão presas. Chuva intensa também impede o uso de helicópteros.

Segundo Dhami, participam do resgate agentes do Exército indiano, da Força estadual de Resposta a Desastres e da Polícia da Fronteira Indo-Tibetana.

Não há relatos de mortes entre os presos até o momento, segundo autoridades indianas.

Mais cedo nesta sexta-feira, o Departamento Meteorológico da Índia havia emitido alertas para fortes chuvas e neve nos estados do norte do país, incluindo os estados de Uttarakhand, Himachal Pradesh, Jammu e Caxemira.

g1
Portal Santo André em Foco

A Caixa Econômica Federal informou que alguns sistemas do aplicativo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que tratam de antecipação do saque-aniversário, recepção de novas solicitações de saque do FGTS, uso do FGTS na moradia própria, estão em manutenção, e que, portanto, não estão acessíveis.

Segundo o banco, a situação deve se normalizar a partir do dia 4 de março.

Ainda de Acordo com a Caixa, o app FGTS está disponível para outros serviços, como consulta ao extrato do FGTS, consulta a valores de FGTS já liberados para crédito em conta bancária, consulta a valores liberados para saque nos diversos canais de atendimento do banco, além da geração do CRF.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

© 2019 Portal Santo André em Foco - Todos os Direitos Reservados.

Please publish modules in offcanvas position.