Em outra noite de Deyverson, o Atlético deu um passo muito importante rumo à final da Conmebol Libertadores. Na noite desta terça-feira, o Galo venceu o River Plate por 3 a 0, na Arena MRV, pelo jogo de ida das semifinais da competição. Assim como na classificação diante do Fluminense, o camisa 9 foi o nome do jogo. Deyverson teve um gol anulado no começo da partida, mas aos 21 do primeiro tempo, ele abriu o placar para a equipe alvinegra. Na segunda etapa, o atacante fez mais um e deu assistência para Paulinho marcar o terceiro do Galo e selar a vitória na Arena MRV.
E agora?
Além de jogar pelo empate, o Atlético pode perder a partida de volta por até dois gols de diferença para chegar à decisão da Conmebol Libertadores. O River precisa vencer por quatro ou mais gols de vantagem no placar para se classificar. Se vencer por três de diferença, a decisão da vaga será nos pênaltis. O jogo de volta está marcado para a próxima terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Primeiro tempo
Com quatro minutos de jogo, Deyverson balançou as redes para o Galo, mas o gol foi anulado por causa de impedimento do atacante atleticano no lance. Aos 21, Hulk trombou com o zagueiro, a bola sobrou para Deyverson, que driblou o goleiro e abriu o placar na Arena MRV. No lance seguinte, Colidio mandou a bola rente à trave de Everson. Perto do fim do primeiro tempo, Scarpa mandou para a área do River, e Deyverson quase desviou para as redes de Armani.
Segundo tempo
Aos cinco da etapa final, Scarpa cobrou falta, mandando a bola para a área. Deyverson desviou de cabeça e quase fez o segundo do Galo. Na sequência, Scarpa tentou a finalização com a esquerda, e Armani defendeu. Aos 25, Deyverson recebeu de Arana e chutou no canto, a bola ainda desviou na trave antes de estufar as redes. Logo depois, o camisa 9 do Galo recebeu na área e ajeitou para Paulinho marcar o terceiro dos donos da casa. A partir daí, o Atlético administrou o resultado, com o time argentino pouco ameaçando a meta do goleiro Everson.
Agenda
Na sexta-feira, o River Plate enfrenta o Defensa y Justicia, fora de casa, pelo Campeonato Argentino. O Atlético volta a campo no próximo sábado, às 19h (de Brasília), também na Arena MRV, diante do Internacional, pela 31ª rodada do Brasileirão.
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Em um confronto direto na luta para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Fluminense conseguiu a vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, nesta terça-feira, no Maracanã, em jogo atrasado da 17ª rodada. Cano marcou o gol salvador, que fez o time se afastar do grupo dos quatro últimos colocados da competição, complicando a vida do adversário em sua tentativa de permanecer na Série A.
Como fica?
Com o resultado, o Fluminense chegou ao 11º lugar no Campeonato Brasileiro, com 36 pontos, quatro acima da zona de rebaixamento, em 30 jogos. O Athletico-PR continua com 31 pontos, em 18º, mas com um jogo a menos.
Agenda
Sábado, o Fluminense tem mais um confronto direto para se afastar de vez da ameaça do rebaixamento contra o Vitória, no Barradão, às 16h30 (de Brasília). No mesmo dia, às 18h30 (de Brasília), o Athletico-PR recebe o Cruzeiro, na Ligga Arena.
Fim do jejum
O herói do jogo foi o argentino Germán Cano. Um dos personagens da conquista da Libertadores do ano passado, o argentino não tem conseguido render o mesmo em 2024. Além de a pontaria não estar calibrada, ele ainda sofreu com lesões e perdeu a vaga para o jovem Kauã Elias. Nesta terça-feira, com o jogo tenso, ele entrou em campo na metade do segundo tempo e marcou o gol da vitória, aos 35 minutos da etapa final, completando uma cabeçada de Samuel Xavier depois de a bola bater em seu rosto e entrar.
Chances perdidas
Antes do gol do Fluminense, o Athletico-PR teve duas boas chances de abrir o placar. A primeira delas com Pablo, em cobrança de escanteio de Nikão. Depois, com Emersonn, que roubou a bola de Martinelli e entrou livre para finalizar na área. No entanto, nos dois lances, o time encontrou o goleiro Fábio inspirado.
Panorama
Apesar das chances desperdiçadas pelo Athletico-PR, o domínio do jogo foi todo do Fluminense. Mesmo com a maior posse de bola e passando a maior parte do tempo no campo de ataque, o Fluminense teve muitas dificuldades para criar, enquanto o Athletico-PR não conseguiu aproveitar as oportunidades de contra-ataque no primeiro tempo. As mudanças de peças não mexeram na estrutura do jogo, mas o oportunismo de Cano e a presença de Fábio acabaram sendo fundamentais para determinar o resultado do jogo no Maracanã.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na manhã desta quarta-feira (23/10) por videoconferência na reunião ampliada da 16ª Cúpula do Brics. Na primeira sessão de trabalho do dia, iniciada às 6h (horário de Brasília) em Kazan, na Rússia, o presidente foi representado pelo ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores. Na segunda sessão, Lula falou aos líderes do bloco por videoconferência (assista ao vídeo logo abaixo).
Lula abriu seu discurso mencionando a proposta brasileira de Aliança Global contra a Fome e à Miséria, apresentada pela presidência do País no G20, em novembro. Convidou os parceiros do Brics a aderir à aliança. E também a ajudar a construir outra proposta importante do Brasil, a de se criar um regime global de tributação dos super-ricos. O presidente defendeu a discussão de uma moeda alternativa ao dólar no comércio internacional, de modo a favorecer as transações comerciais entre os países emergentes. E saudou a presidência de Dilm Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, que atualmente financia cerca de 100 projetos de desenvolvimento e infraestrutura.
Diálogo contra a escalada de violência
Lula citou fala do presidente da Turquia na ONU, que classificou o território de Gaza, atacado por Israel por meses, como o maior cemitério de mulheres e crianças do mundo. "Essa insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano", afirmou. E fez um apelo para que o mundo reaja para promover negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, diálogo "crucial" se evitar, ainda, uma escalada de conflitos na região e no mundo.
"No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar junto sem prol de objetivos comuns. Por isso, o lema da presidência brasileira (no Brics, a partir de 2025) será: fortalecer a cooperação do Sul Global para uma governança mais inclusiva e sustentável."
Confira íntegra da fala de Lula na 16ª Cúpula do Brics
Mesmo sem estar pessoalmente em Kazan, quero registrar minha satisfação em me dirigir aos companheiros do Brics. Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20.
Seu respaldo foi fundamental para avançar em iniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxação de super-ricos.
Nossos países implementaram nas últimas décadas políticas sociais exitosas que podem servir de exemplo para o resto do mundo.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já está em fase avançada de adesões.
Convido todos a se somarem à iniciativa, que nasceu no G20, mas está aberta a outros participantes.
O Brics é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima. Não há dúvida de que a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, cujo histórico de emissões culminou na crise climática que nos aflige hoje. É preciso ir além dos 100 bilhões anuais prometidos e não cumpridos, e fortalecer medidas de monitoramento dos compromissos assumidos. Os dados da ciência exprimem um sentido de urgência sem precedentes. O planeta é um só e seu futuro depende da ação coletiva.
Também cabe aos países emergentes fazer sua parte para limitar o aumento da temperatura global a um grau e meio.
Na COP 30, em Belém, vamos juntos mostrar que é possível conciliar maior ambição em nossas Contribuições Nacionalmente Determinadas com o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas.
Na presidência brasileira do Brics, queremos reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países.
Não podemos aceitar a imposição de “apartheids” no acesso a vacinas e medicamentos, como ocorreu na pandemia, nem no desenvolvimento da Inteligência Artificial, que caminha para tornar-se privilégio de poucos.
Precisamos fortalecer nossas capacidades tecnológicas e favorecer a adoção de marcos multilaterais não excludentes, em que a voz dos governos prepondere sobre interesses privados.
O Brics foi responsável por parcela significativa do crescimento econômico mundial nas últimas décadas.
Juntos, somos mais de 3,6 bilhões de pessoas, que integram mercados dinâmicos com elevada mobilidade social.
Representamos 36% do PIB global por paridade de poder de compra. Contamos com 72% das terras raras do planeta, 75% do manganês e 50% do grafite.
Entretanto, os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas.
É um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo desenvolvido.
As iniciativas e instituições do BRICS rompem com essa lógica.
A atuação do Conselho Empresarial contribuiu para ampliar o comércio entre nós.
As exportações brasileiras para os países do Brics cresceram doze vezes entre 2003 e 2023.
O Brics é hoje a origem de quase um terço das importações do Brasil.
A Aliança Empresarial de Mulheres está criando redes para fomentar o empoderamento econômico feminino e combater as desigualdades de gênero que persistem.
Por meio do Mecanismo de Cooperação Interbancária, nossos bancos nacionais de desenvolvimento vão estabelecer linhas de crédito em moedas locais, que reduzirão os custos de transação de pequenas e médias empresas.
O Novo Banco de Desenvolvimento (o NDB), que neste ano completa dez anos, tem investido na infraestrutura necessária para fortalecer nossas economias e promover uma transição justa e soberana.
Sob a liderança da companheira Dilma Rousseff, o NDB conta atualmente com uma carteira de quase 100 projetos e com financiamentos da ordem de 33 bilhões de dólares.
Ele foi pensado para ser bem-sucedido onde as instituições de Bretton Woods continuam falhando.
Em vez de oferecer programas que impõem condicionalidades, o NDB financia projetos alinhados a prioridades nacionais.
Em vez de aprofundar disparidades, sua governança se assenta na igualdade de voto.
Agora é chegada a hora de avançar na criação de meios de pagamento alternativos para transações entre nossos países.
Não se trata de substituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional.
Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada.
Muitos insistem em dividir o mundo entre amigos e inimigos. Mas os mais vulneráveis não estão interessados em dicotomias simplistas.
O que eles querem é comida farta, trabalho digno e escolas e hospitais públicos de acesso universal e de qualidade.
É um meio ambiente sadio, sem eventos climáticos que ponham em risco sua sobrevivência.
É uma vida de paz, sem armas que vitimam inocentes.
Como disse o presidente Erdogan na Assembleia Geral da ONU, Gaza se tornou “o maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”.
Essa insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano.
Evitar uma escalada e iniciar negociações de paz também é crucial no conflito entre Ucrânia e Rússia.
No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar juntos em prol de objetivos comuns.
Por isso, o lema da presidência brasileira será “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
Companheiros, espero vê-los na próxima Cúpula para construir mais um capítulo da nossa história comum.
Muito obrigado presidente Putin e muito obrigado aos companheiros que estão em Kazan.
Presidência brasileira
Mauro Vieira chefia a delegação brasileira nos demais compromissos presenciais e reuniões bilaterais. Vieira participou ontem (22) de jantar de abertura da cúpula do Brics, na cidade russa. Antes, o chanceler manteve encontro de trabalho com o chanceler do Egito, Badr Abdelatty.
Os ministros manifestaram preocupação com a inação da comunidade internacional em relação à tragédia humanitária em Gaza, aos ataques israelenses ao Líbano e à perspectiva de alastramento regional do conflito ainda maior. Discutiram também a participação do Egito na cúpula do G20, no Rio de Janeiro, bem como temas da cúpula do Brics e da futura presidência brasileira do bloco, a partir de janeiro de 2025.
Além das reuniões, uma restrita e outra ampliada dos países membros do Brics nesta quarta, um encontro entre representantes de 30 países com interesses comuns aos do bloco está marcada para quinta (24), último dia da cúpula.
16ª Cúpula do Brics
A reunião acontece em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro. O encontro prevê a a emissão de uma declaração intitulada Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro. O documento contém 106 parágrafos que abrangem os avanços alcançados durante negociações setoriais, como informa o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia.
Essa será a primeira cúpula do Brics com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o Brics era formado apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No dia 23, a delegação ministerial brasileira acompanha as sessões plenárias dos membros do bloco. A presidência russa convidou para o encontro cerca de 30 países e organizações internacionais.
Durante a cúpula, os líderes dos atuais 10 países membros discutirão temas globais como a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além de receberem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres. No segmento com convidados, por sua vez, estão previstas discussões sobre questões internacionais de cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O principal tema da reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros. "Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, foram incorporados novos membros plenos e, naquela ocasião, se encomendou ao canal de Sherpas a elaboração da categoria de parceiros. É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria", detalhou Saboia (confira vídeo do briefing apresentado pelo Itamaraty nasemana que passou).
Presidência brasileira
O Brasil assumirá a presidência do Brics em 1º de janeiro de 2025, e o país tem uma tradição de presidências produtivas e voltadas para resultados concretos. "Em 2014, durante a presidência brasileira do BRICS, foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento e o Acordo Contingente de Reservas, dois dos maiores êxitos do bloco. Então, será uma presidência austera, mais focada em resultados", pontuou o embaixador.
O QUE É — O Brics é uma parceria entre as maiores economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. A primeira cúpula – ainda sem a África do Sul - ocorreu em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia.
O diálogo entre os países se dá em três pilares principais: cooperação em política e segurança, cooperação financeira e econômica, e cooperação cultural e pessoal. Cerca de 150 reuniões são realizadas anualmente em torno desses pilares. O principal objetivo do bloco, por meio da cooperação, é alterar o sistema de governança global, com uma reforma de mecanismos como o Conselho de Segurança da ONU, além de introduzir alternativas às instituições como o FMI e o BID para o fomento às economias emergentes, como é o caso do NDB.
Agência Gov
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O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto que regulamenta a reforma tributária (PLP 68/2024), informou que vai protocolar nesta terça-feira (22) o plano de trabalho para a proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A ideia é que o calendário para discussão e votação do projeto seja analisado pela comissão já na reunião desta quarta-feira (23).
Mais de 1.400 emendas ao texto foram apresentadas pelos senadores. De acordo com o relator, parte delas deve ser incorporada ao texto, o que vai exigir o retorno da proposta à Câmara dos Deputados. A expectativa do relator é concluir a votação do projeto até o final do ano nas duas Casas, mas para isso será necessário construir um texto de consenso. O acordo também precisa envolver o governo federal, segundo Braga.
— Não basta aprovar o projeto no Senado. É preciso aprovar as mudanças na Câmara. É preciso que as modificações que venham a ser feitas no Senado sejam consensuadas tanto com a Câmara quanto com o Executivo para que elas sejam efetivas. Há um entendimento de que existem questões a serem resolvidas no texto que veio da Câmara — disse o senador.
Braga reforçou que o compromisso do Senado é garantir um texto que represente simplicidade, segurança jurídica e neutralidade da carga tributária.
— O compromisso de simplificação do texto é permanente — afirmou.
Tramitação
O projeto será examinado apenas pela CCJ. O senador Izalci Lucas (PL-DF) informou que apresentará requerimento para que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) também tenha poder de decisão sobre a proposta. Izalci coordena um grupo de trabalho na CAE que realizou uma série de audiências pública sobre a regulamentação da reforma.
— Nós já estamos trabalhando na CAE. Vamos apresentar semana que vem um relatório. É indispensável uma discussão na CAE — defendeu.
Líder interino do governo, o senador Otto Alencar (PSD-BA) apontou que a decisão sobre a tramitação do projeto foi definida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e líderes partidários. Segundo Otto, o rito mais breve é importante para viabilizar a construção do acordo entre Câmara, Senado e Executivo.
— Esperamos que possamos votar ainda neste ano. O relator vai buscar entendimento com o relator na Câmara dos Deputados para que as alterações que venham a ser feitas aqui sejam consideradas lá na Câmara e não retiradas.
Diante da preocupação de Izalci em ampliar o debate em torno do tema, Eduardo Braga antecipou nesta terça, durante reunião da CAE, que acatou em seu plano de trabalho a proposta do presidente Rodrigo Pacheco para que sejam realizadas duas sessões temáticas no Plenário. Na ocasião, senadores deverão ouvir governadores e prefeitos sobre o tema.
Agência Senado
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) concluiu a análise do Projeto de Lei (PL) 6.012/2023, que assegura recursos para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Aprovada em primeira votação na semana passada, a matéria foi confirmada pelo colegiado nesta terça-feira (22). O texto segue para a Câmara dos Deputados — a não ser que haja recurso para votação no Plenário do Senado.
O projeto foi proposto pelos senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Jorge Seif (PL-SC), além da senadora licenciada Ivete da Silveira (SC). O texto recebeu um substitutivo de seu relator, senador Laércio Oliveira (PP-SE).
Criado pela Lei 13.999, de 2020, o Pronampe tinha como objetivo original fornecer crédito emergencial a microempresas e empresas de pequeno porte impactadas pela pandemia da covid-19. O Pronampe foi transformado em programa permanente no ano seguinte, com a edição da Lei 14.161, de 2021.
Mesmo com a continuidade do programa, as duas leis mantiveram a previsão de que o Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Pronampe seria encerrado em janeiro de 2025, com o retorno integral dos valores para o Tesouro Nacional. Em seu texto original, o PL 6.012/2023 revogava os dispositivos que previam o fim do FGO.
O substitutivo do senador Laércio Oliveira também mantém o FGO, mas não destina todos os seus recursos para o Pronampe; o relator determinou que pelo menos metade dos valores recuperados ou não utilizados seja usada como garantia em novos empréstimos feitos pelo Pronampe a partir de janeiro de 2025.
O restante seria destinado ao Programa Pé-de-Meia, uma poupança destinada a estudantes matriculados no ensino médio público. O programa é voltado a estudantes beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O objetivo é promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), que presidiu a reunião da CAE, elogiou a proposta de manutenção do FGO.
— Qual foi o grande equívoco do governo passado? Em vez de usar o FGO como fundo alavancador de empréstimos, permitiu que ele passasse a ser o fundo financiador. Isso tornou o Pronampe efetivo, mas muito menor do que poderia ter sido. Agora que estamos restabelecendo o novo Pronampe, é fundamental que o governo chame os bancos oficiais e faça com que o FGO seja efetivamente garantidor. Isso significará que estaremos aumentando, e não diminuindo, o recurso para as micro e pequenas empresas — afirmou Braga.
De acordo com o substitutivo, a outra metade dos valores recuperados ou não utilizados deve compor o programa Pé-de-Meia, uma poupança destinada a estudantes matriculados no ensino médio público. O programa é voltado a estudantes beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O objetivo é promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino.
O relator acrescentou um artigo à Lei 13.999, de 2020, para autorizar a União a aumentar a participação no FGO por meio de dotações orçamentárias feitas por emendas parlamentares para esse fim específico. Além disso, União, estados, Distrito Federal, municípios e entidades privadas podem fazer convênios com a instituição administradora do fundo com objetivo de incentivar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas.
Requerimentos
A CAE também aprovou dois requerimentos para discutir o programa Pé-de-Meia. O primeiro (REQ 164/2024-CAE), da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), convida o ministro da Educação, Camilo Santana, para participar de audiência pública com o objetivo de prestar informações sobre a execução do Programa Pé de Meia.
O segundo requerimento (REQ 169/2024-CAE), da senadora Augusta Brito (PT-CE), sugere que essa audiência pública seja promovida em conjunto com a Comissão de Educação (CE).
Agência Senado
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (22) o projeto de lei (PL) 1.765/2019, que prorroga o prazo de vigência da isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). A regra vale para cargas com origem ou destino nas Regiões Norte e Nordeste. O texto, da Câmara dos Deputados, recebeu relatório favorável do senador Eduardo Braga (MDB-AM) e segue para o Plenário em regime de urgência.
O texto prorroga benefício instituído pela Lei 9.432, de 1997, que trata da ordenação do transporte aquaviário. O texto original estendia o benefício até o início de 2022. A Câmara ampliou o prazo até janeiro de 2027. Na CAE, o relator sugeriu o dia 31 de dezembro de 2031 como data-limite. Segundo Eduardo Braga, as regiões Norte e Nordeste têm baixa representatividade na indústria naval.
— Os estaleiros se concentram na Região Sudeste, sobretudo no estado do Rio de Janeiro. Além do mais, o Norte e o Nordeste já sofrem com custos logísticos maiores, devido ao seu afastamento geográfico dos pontos de maior oferta e demanda de diversos produtos. Assim, parece apropriado que os habitantes e as empresas dessas regiões não sofram o encargo de financiar o Fundo da Marinha Mercante — defendeu Braga.
O relator apresentou emenda que acaba com a redução progressiva da isenção tributária, aprovada pelos deputados.
— A redução progressiva da isenção tributária não nos parece oportuna para o momento, uma vez que o cenário de discrepância logística entre a Região Norte e o restante do país não tende a se dissipar nos próximos anos. Ao contrário, as constantes pressões internas e externas contra o desenvolvimento das infraestruturas logísticas da Região Norte, muito provavelmente, resultarão na necessidade da isenção em anos vindouros, como forma de compensação, e não sua extinção — argumentou.
Agência Senado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou exames, nesta terça-feira (22), em Brasília, e, de acordo com o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, o quadro é estável e Lula está apto a exercer sua rotina de trabalho. O boletim, entretanto, não menciona a possibilidade de viagens, mas diz que novo exame de controle será feito em 72 horas.
No último sábado (19), Lula sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, no Palácio da Alvorada, bateu a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca. Na ocasião, os exames de imagem mostraram uma pequena hemorragia no cérebro e a equipe médica recomendou, por precaução, evitar viagens de longa distância, como a que Lula faria para participar da Cúpula de Líderes do Brics, em Kazan, na Rússia.
“O exame de imagem está estável em comparação ao anterior, com a programação de realizar novo exame de controle em 72h. Encontra-se apto a exercer sua rotina de trabalho”, diz o boletim.
O presidente permanece sob acompanhamento da sua equipe médica, aos cuidados do seu médico pessoal, Roberto Kalil Filho, e da médica da Presidência, Ana Helena Germoglio.
No retorno da Rússia, estava prevista a participação do presidente em atos de campanha no estado de São Paulo, por ocasião do segundo turno das eleições municipais, no domingo (27), além do voto em São Bernardo do Campo, domicílio eleitoral de Lula. O presidente tem também viagem marcada para Cali, na Colômbia, onde ocorre a conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade até o próximo dia 1° de novembro.
A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência para esclarecer sobre a previsão de viagens e aguarda informações.
Agência Brasil
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta terça-feira (22), o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Nele, o estudante pode consultar informações como o local de prova, número de inscrição e hora das provas.
No cartão de confirmação é possível também registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
Como consultar o local de prova?
O documento está disponível na página do participante do Enem. O estudante precisa usar o login no portal único de serviços digitais do governo federal, Gov.br.
Caso o inscrito não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la no mesmo portal e após digitar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e selecionar a opção esqueci minha senha.
As provas
Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levar o cartão nos dias de aplicação das provas, nos domingos 3 e 10 de novembro.
No primeiro dia de Enem, além da redação, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias.
E no segundo dia do exame, os participantes fazem as provas de ciências da natureza e suas tecnologias, assim como de matemática e suas tecnologias. Ao todo, serão 45 questões em cada área do conhecimento.
O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
Agência Brasil
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Autoridades da Coreia do Sul disseram nesta terça-feira (22) que estão considerando fornecer armas à Ucrânia, depois de acusar a Coreia do Norte de enviar tropas para lutar pela Rússia.
A agência de espionagem da Coreia do Sul disse, na semana passada, que a Coreia do Norte havia enviado mísseis e 1.500 membros das forças especiais para o Extremo Oriente da Rússia, para treinamento e aclimatação em bases militares locais, provavelmente para combate na guerra.
Uma autoridade graduada do gabinete do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que está preparando medidas diplomáticas, econômicas e militares em vários cenários de cooperação militar entre Pyongyang e Moscou, incluindo o fornecimento de armas letais à Ucrânia se a situação piorar.
"Consideraríamos o fornecimento de armas para fins defensivos como parte dos cenários passo a passo e, se parecer que eles estão indo longe demais, também podemos considerar o uso ofensivo", disse o funcionário presidencial aos repórteres.
O comentário foi feito depois que o Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência para explorar suas respostas sobre os crescentes laços militares da Coreia do Norte com a Rússia.
O conselho disse que Pyongyang está agindo como uma "organização criminosa" ao enviar jovens para lutar como "mercenários da Rússia", enquanto ignora o sustento de seu povo e os direitos humanos em casa.
"Nosso governo exigiu a retirada imediata das tropas norte-coreanas e, se o atual conluio militar entre a Coreia do Norte e a Rússia continuar, não ficaremos parados e responderemos com firmeza junto com a comunidade internacional", afirma comunicado.
A autoridade graduada disse que uma equipe de funcionários de Inteligência e Defesa visitará a sede da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "nos próximos dias", depois que o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, pediu ao presidente Yoon, durante um telefonema nesta segunda-feira (21), que enviasse uma delegação para aumentar o compartilhamento de informações.
Seul, um dos principais produtores de armas do mundo, tem sofrido pressão de alguns países ocidentais e de Kiev para fornecer armas letais à Ucrânia, mas até agora tem se concentrado em ajuda não letal, incluindo equipamentos de remoção de minas.
O gabinete de Yoon já havia dito que revisaria a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia depois que a Coreia do Norte e a Rússia assinaram um tratado de defesa mútua em junho.
Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte negaram a transferência de armas, mas se comprometeram a aumentar os laços militares.
Reuters
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O drone do Hezbollah lançado contra à residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atingiu a janela do quarto do premiê, segundo relatório da agência de inteligência israelense Shin Bet revelado pelo jornal israelense "Ynet" nesta terça-feira (22).
O grupo extremista reivindicou nesta terça-feira (22) a autoria do ataque, realizado no final de semana. Esse foi o primeiro ataque direto feito pelo Hezbollah contra Netanyahu. A casa do premiê fica na cidade de Cesareia, no norte de Israel. Ele e sua família não estavam em casa no momento, e ninguém ficou ferido no episódio, segundo o porta-voz do governo israelense.
"O Hezbollah assume total e exclusiva responsabilidade por atacar a casa do primeiro-ministro israelense Netanyahu", disse o chefe do gabinete de mídia do Hezbollah, Mohammad Afif, em uma entrevista coletiva nos subúrbios ao sul de Beirute.
Netanyahu disse que o objetivo do ataque era assassinar a ele e sua esposa, e chamou a tentativa de "um grave erro".
"Os enviados do Irã que tentaram hoje assassinar a mim e a minha esposa cometeram um grave erro. Isso não vai me deter, nem ao Estado de Israel, de continuar a guerra de resistência contra nossos inimigos para garantir nossa segurança por gerações. Continuaremos a eliminar seus terroristas, traremos de volta nossos sequestrados de Gaza, devolveremos nossos residentes no norte", declarou o Netanyahu após o episódio.
Novos bombardeios
Também nesta terça, um bombardeio israelense perto do hospital universitário Rafik Hariri, em Beirute, capital do Líbano, deixou 13 mortos e 57 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
O hospital é o principal do Líbano, e sete dos feridos estão em estado grave, ainda de acordo com o órgão.
O Exército israelense confirmou o bombardeio, mas disse que atacou uma estrutura militar do grupo extremista Hezbollah e que seu alvo não era o hospital. Israel disse ainda que foram tomadas medidas prévias para minimizar mortes de civis, como avisos de evacuação.
g1
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