Novembro 24, 2024
Arimatea

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A Justiça Federal recebeu nesta sexta-feira (7) o depoimento do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no processo sobre a facada que sofreu durante ato de campanha em setembro do ano passado, quando ainda era candidato. O G1 confirmou a informação junto à 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora.

O conteúdo das respostas, no entanto, permanece em sigilo e será apresentado às partes na audiência de instrução, agendada para ocorrer na próxima segunda-feira (10). Segundo a Justiça, após a realização do procedimento, o documento ficará disponível para conhecimento público.

O autor do ataque, Adélio Bispo, confessou o crime e recentemente foi considerado inimputável, ou seja, não pode ser punido criminalmente – mas pode ser alvo de medida de segurança, como internação por período a ser determinado pela Justiça.

Na última quarta-feira (5), o presidente foi intimado pelo juiz Bruno Savino a prestar depoimento no caso. Na decisão que o G1 teve acesso, o magistrado explicou que, em razão do cargo, Bolsonaro poderia ser ouvido pessoalmente ou responder por escrito até esta sexta-feira.

O procurador do caso, Marcelo Medina, confirmou à TV Globo o teor das perguntas enviadas ao presidente Jair Bolsonaro. Ele explicou como as respostas podem ajudar no desfecho do processo e disse que é um direito da vítima contar sua versão dos fatos. Segundo o procurador, são cinco os questionamentos formulados ao presidente:

  • qual o momento em que Bolsonaro decidiu viajar para atos de campanha em Juiz de Fora;
  • quando essa viagem foi divulgada;
  • se o presidente percebeu a aproximação de Adélio antes da facada;
  • encontrou condições de se defender, de se esquivar? (existe agravante quando o crime é praticado sem a possibilidade de a vítima se defender)
  • como tem sido recuperação (esse questionamento pode levar a dobrar a pena, por considerar lesão corporal grave).

Muitas dessas questões já foram abordadas pelo presidente publicamente em discursos e entrevistas. Mas, para efeito de decisão no processo, precisam ser respondidas formalmente pela defesa.

Bolsonaro foi intimado a depor porque a defesa dele atua no processo como assistente da acusação. Na prática, isso quer dizer que os advogados auxiliam o Ministério Público na acusação, podendo propor meios de prova e formular perguntas a testemunhas.

Embora inimputável, Adélio Bispo – autor da facada – seguirá sendo processado. O juiz negou a absolvição sumária, sob o argumento de que a produção de provas no processo deve prosseguir para, ao final, haver um desfecho. Embora não possa ser uma sentença criminal, esse desfecho pode ser uma medida de segurança, como internação em estabelecimentos de tratamento psiquiátrico.

O processo precisa seguir para o juiz verificar o grau de periculosidade que Adélio pode representar à sociedade em razão do distúrbio mental.

No processo que culminou na inimputabilidade de Adélio, o juiz explicou que "se não for reconhecida a cessação de sua periculosidade no decorrer da execução da medida de segurança, o réu pode permanecer custodiado em manicômio judicial por até 20 anos".

G1
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Em discurso durante a formatura de novos sargentos da Marinha, o presidente Jair Bolsonaro disse hoje (7) que “todos são honrados no Brasil, sem exceção” e que os valores são a máxima a ser seguida por seu governo. “Uma coisa nunca de afastará de mim, a humildade, o dever e o compromisso de servir à pátria, o respeito a todos vocês, à família brasileira e a Deus, a qual devo minha vida”, disse.

Bolsonaro desembarcou hoje no Rio de Janeiro, ao retornar de sua visita oficial à Argentina, ontem (7), onde se reuniu com o presidente Mauricio Macri, autoridades e empresários argentinos. A formatura dos novos sargentos foi no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, no bairro da Penha, na capital fluminense.

Ao citar a viagem ao país vizinho, o presidente defendeu a liberdade e a democracia. Em outubro, acontecem eleições presidenciais na Argentina, com Macri pleiteando a reeleição e a ex-presidente Cristina Kirchner disputando a vice-presidência na chapa que será liderada pelo peronista Alberto Fernández. “Não existe bem maior para um povo do que sua liberdade e a sua democracia e a possibilidade de todos galgarem a função, o cargo ou a condição a qual se propuseram e lutaram por ela”, ressaltou.

Aos pouco mais de 2,5 mil novos sargentos, Bolsonaro pediu que, “espalhados pelos quatro cantos do Brasil”, levem “uma esperança, uma maneira de ser e conduzir, pautados pelo exemplo e pela confiança”.

A comitiva presidencial retorna ainda hoje para Brasília. A previsão de chegada à capital federal é às 13h20. À tarde, de acordo com a agenda, o presidente não têm compromissos oficiais.

Agência Brasil
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O ministro Sérgio Moro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse nesta sexta-feira (7) em Chapecó (SC), que nenhuma informação do celular dele, que foi alvo de uma tentativa de invasão na terça-feira (4), foi subtraída.

"Houve uma clonagem do meu celular, é o que nós levantamos, e que qualquer um pode ter o celular clonado. Não houve uma captação do conteúdo do dispositivo. Apenas eu tive que me desfazer da linha porque alguém acabou utilizando a mesma linha", afirmou.

O ministro ainda reforçou que o caso está em investigação e não se trata apenas de um crime contra a privacidade dele, mas "contra a segurança nacional". "A Polícia Federal está investigando fortemente esses fatos. Mas não houve nenhuma informação, vamos dizer estratégica, ou algo de maior relevância que tenha caído nas mãos dos criminosos", concluiu.

Consequência da flexibilização das armas
Advogados em todo o país têm tentado obter a absolvição ou pedir penas mais brandas para réus por porte e posse ilegal de armas, após a flexibilização das regras sobre armas. Para Moro, a situação é uma "consequência colateral não desejada do decreto".

"Esse novo decreto de armas foi uma política do Planalto, evidentemente o Ministério da Justiça foi consultado, e qualquer modificação legislativa tem as suas consequências. Então, isso está sendo discutido, essas pretensões estão sendo levadas e serão decididas pelas cortes de justiça. Enfim, pode ser uma consequência colateral não desejada do decreto. Não há uma descriminalização do passado, apenas algumas nuances", concluiu.

Visita ao Complexo Penitenciário de Chapecó
Moro esteve em Chapecó nesta sexta para visitar o Complexo Penitenciário de Chapecó. No local, conheceu as instalações e o trabalho de empregabilidade na unidade, em parceria com 23 empresas.

O ministro ainda prometeu emitir uma nota técnica recomendando o complexo como modelo a ser seguido por outras instituições prisionais no país.

G1
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A primeira mulher a ocupar a Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta sexta-feira (7) em São Paulo estar à disposição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para continuar no cargo. O mandato da atual procuradora-geral acaba em setembro.

Dodge não é candidata à lista tríplice que será votada entre os integrantes da carreira do Ministério Público Federal e que será enviada a Bolsonaro para escolher seu sucessor, mas ela poderá ser reconduzida ao cargo por uma escolha do presidente.

“Eu estou à disposição, tanto da minha instituição quanto do país, para uma eventual recondução, eu não sei se isso vai acontecer”, disse Dodge ao falar com a imprensa antes do início de um encontro regional de promotoras e procuradoras sobre questões de gênero que está sendo realizado em São Paulo.

Dodge disse ainda que não conversou com Bolsonaro sobre uma eventual recondução ao cargo e negou estar fazendo movimentações nos bastidores para ser reconduzida ao cargo correndo por fora da lista tríplice.

“Eu tenho me mantido sem fazer nenhuma manifestação neste sentido (de buscar a recondução)”, afirmou.

Questionado sobre se Bolsonaro deveria seguir a indicação de um dos nomes da lista tríplice procedente do MPF para nomear seu sucessor, disse apenas: “Está é uma posição é uma decisão que cabe ao presidente”.

Raquel Dodge foi indicada para o cargo em 2017 pelo então presidente Michel Temer. Naquela ocasião, Dodge ficou em segundo lugar na eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

G1
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Mais de 192 mil doses da vacina contra a gripe foram aplicadas em João Pessoa, o que representa a imunização de cerca de 91,49% do público-alvo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que informou que atingiu a meta nesta sexta-feira (6). Com isso, a partir do dia 10 de junho a vacina estará disponível para toda a população. A campanha começou no dia 10 de abril.

Mulheres no período puerpério, o “pós-parto”, formaram, proporcionalmente, o subgrupo que foi mais imunizado, com uma cobertura vacinal de 97,44% e 1.406 doses aplicadas, conforme a SMS. Em seguida, estão os idosos, com 74.430 aplicações e uma cobertura de 97,18%, e os professores, com 6.351 aplicações e 92,81% de cobertura.

Já a cobertura vacinal mais baixa, proporcionalmente, foi constatada em relação às gestantes, cerca de 78,75%, o que indica 6.914 doses aplicadas. Crianças, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades também faziam parte do público-alvo.

A vacina produzida para 2019 protege contra três subtipos do vírus da gripe, o Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B, esses dois últimos atualizados, tendo em vista os mais frequentes no hemisfério sul.

Casos em João Pessoa
De acordo com a Secretaria, em 2019 foram confirmados 35 casos de síndromes gripais, sendo 19 de Influenza e 16 de Vírus Sincicial Respiratório. A SMS informou ainda que uma morte por H1N1 foi registrada na capital paraibana, este ano.

G1 PB
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Já são pelo menos 107 os casos de sarampo confirmados pelos estados brasileiros em 2019, conforme balanço extra-oficial. O G1 consultou as secretarias estaduais de saúde dos sete estados que tiveram casos da doença neste ano. Os estados consultados foram: Amazonas, Roraima, Pará, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O último informe epidemiológico do Ministério da Saúde, de 16 de maio, apontava 92 casos nesses mesmos sete estados. O boletim é a informação oficial que centraliza e unifica os dados de todo o país com a mesma metodologia.

A diferença está em novas confirmações de sarampo em três estados:

  • São Paulo: 6 novos casos;
  • Pará: 5 novos casos;
  • Rio de Janeiro: 4 novos casos.

Autoridades do Ministério da Saúde sinalizaram a possibilidade de se realizar uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo ainda neste mês de junho. A ação ainda não está oficialmente confirmada.

Em 2018, o Brasil viveu um surto da doença com mais de 10 mil casos, especialmente no Amazonas e em Roraima.

Veja abaixo o que cada um dos estados afirma realizar para monitorar e conter o sarampo neste ano.

O que vem sendo feito
Todas as secretarias dizem monitorar com atenção a doença e planejam medidas de controle. Até a publicação deste texto, somente o estado do Rio de Janeiro não detalhou quais medidas vêm sendo tomadas no combate à doença em 2019.

Em São Paulo, a Secretaria de Estado de Saúde confirma que pretende vacinar 2,9 milhões de pessoas contra o sarampo, de 10 de junho a 12 de julho. O Dia D da vacinação será 29 de junho. O governo federal deve enviar 3,2 milhões de doses da vacina ao estado.

De acordo com a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do estado, Regiane de Paula, o sarampo entrou em São Paulo vindo da Europa, especialmente em navios cruzeiros que desembarcam em Santos. "Trabalhamos de forma intensa com o município e na vacinação de todos os tripulantes". Alguns navios chegam a ter mais de 6,5 mil pessoas.

Surtos nos últimos meses
Três estados tiveram um surto de sarampo nos últimos meses: Pará, Amazonas e Roraima.

No Pará, o governo estadual vem insistindo na importância de vacinar as crianças, notando que a cobertura vacinal deve ser sempre superior a 95%. A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral (que inclui também rubéola e caxumba).

Mas, de acordo com a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, a cobertura da primeira dose está próxima de apenas 17,49% e a da segunda dose da vacina em 17,23%. Segundo a Secretaria de Saúde do Pará, o governo vem trabalhando especialmente junto às cidades mais afetadas, no Oeste do estado.

No Amazonas, o último caso registrado foi em Manaus, no dia 31 de janeiro, segundo a Secretaria de Saúde do estado. Ao longo do mês de maio, como parte do plano de combate ao surto de sarampo de 2019, foram realizados treinamentos para profissionais da área de saúde em 22 municípios.

O Departamento de Vigilância Epidemiológica do Amazonas também vem realizando "visitas técnicas às cidades amazonenses para alinhamento das ações de prevenção, monitoramento e controle da doença".

O Amazonas vem orientando todas as pessoas com idade entre 6 e 49 anos a procurar um posto de vacinação para se imunizar contra o sarampo. Desde o início do surto, ainda em 2018, o estado teve 11.464 casos suspeitos de sarampo distribuídos em 50 municípios, 9.809 casos confirmados em 46 cidades e 6 mortes. A maioria dos casos confirmados, 82,1%, foi em Manaus.

Já em Roraima, a Secretaria de Saúde informou que desde o início do surto o estado registrou 610 casos de sarampo, dos quais 362 foram confirmados. Neste ano, há apenas um caso confirmado.

"O papel do Estado é realizar o monitoramento dos casos notificados e prestar apoio aos municípios quando solicitado pelos gestores municipais. Essas atividades são desenvolvidas diariamente pelo núcleo", diz a secretaria de saúde de Roraima, em nota.

Outros estados com casos de sarampo
Em Minas Gerais, a Secretaria de Saúde afirmou que tem um plano de contingência: "O objetivo é planejar, executar e avaliar medidas de prevenção e de controle em tempo oportuno, a partir da notificação de possíveis casos de sarampo", diz em nota.

O estado pretende se antecipar a eventuais crises, sistematizando suas ações e complementando os serviços dos municípios. O primeiro caso confirmado foi de um italiano que vive no Brasil, mas viajou recentemente à Croácia e à Itália.

Já a Secretaria de Saúde de Santa Catarina recorda que o último caso autóctone de sarampo no estado foi em 1999, quando houve um surto de 25 pessoas. Os 3 casos deste ano foram confirmados em fevereiro, também ligados a passageiros de um navio maltês. Desde então, não foram identificados novos casos.

"Nos municípios onde o navio ancorou em SC foram vacinados os trabalhadores que executam atividade no píer, marina, atracadouro, teleférico, comércios de rua próximo ao porto, pescadores envolvidos em passeios de barcos, artesãos, taxistas e motoristas de aplicativo, sendo aproximadamente 300 pessoas", afirma a secretaria, em nota, acrescentando que os municípios são constantemente monitorados.

Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, sempre que se confirmem casos confirmados de sarampo, os locais devem ser monitorados até 90 dias após a data do início dos sintomas do último caso.

Perda do certificado
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pediu às secretarias que reforçassem e ampliassem sua cobertura vacinal de sarampo, numa espécie de "pacto pela vacinação". Quase metade dos municípios brasileiros não atingiu a meta de 95% de cobertura.

Após a crise do ano passado, o Brasil perdeu o certificado de eliminação de sarampo concedida pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS), em 2016. O país não é mais considerado uma área livre da doença.

A vacina contra sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a crianças com 15 meses de idade. Em alguns estados, as vacinas vêm sendo oferecidas a outros grupos prioritários mais abrangentes.

G1
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Entre 2% e 5% de todo o plástico produzido no mundo acaba despejado nos oceanos, em forma de resíduo. Ali, esse material vai se degradando lentamente, se deteriorando - e se transforma no chamado microplástico, pequenas partículas que podem ser microscópicas ou chegar até 5 milímetros de comprimento.

Os mares estão cheio disso, em um processo que começou nos anos 1950, quando a indústria mundial passou a produzir mais maciçamente esses materiais.

Mas esse lixo todo não para no mar. Essas pequenas partículas acabam ingeridas por animais marinhos e, assim, entrando na cadeia alimentar. No fim da linha, nós, humanos, acabamos comendo plástico.

Resíduos do material também podem acabar entrando em nosso organismo quando consumimos produtos embalados em plástico, seja um invólucro que envolve a carne processada, seja a água tomada na garrafinha.

Mas quanto de plástico realmente estamos ingerindo?
Para responder a essa pergunta, um grupo de cientistas do Departamento de Biologia da Universidade de Victoria, no Canadá, resolveu fazer um levantamento inédito. Liderados pelo pesquisador Kieran Cox, eles revisaram e compilaram 26 estudos anteriores que analisaram as quantidades de partículas de microplásticos em peixes, moluscos, açúcares, sais, álcoois, água - de torneira e engarrafada - e no próprio ar.

Então, usando como base as Diretrizes Alimentares - guia com a recomendação do governo americano -, os cientistas avaliaram quanto desses alimentos costuma ser ingerido por homens, mulheres e crianças por ano.

O resultado foi que a ingestão de microplásticos varia de 74 mil a 121 mil partículas por ano, conforme idade e sexo.

E se você é daqueles que só bebe água de garrafinha, um alerta: a pesquisa constatou que quem prefere água assim em vez da de torneira pode estar ingerindo microplásticos a mais.

"Indivíduos que cumprem sua ingestão de água recomendada apenas por meio de fontes engarrafadas podem estar ingerindo mais 90 mil microplásticos anualmente, em comparação com 4 mil microplásticos para quem consome apenas água da torneira", pontua Cox, em artigo publicado nesta quarta-feira no periódico científico Environmental Science & Technology.

Segundo o estudo, crianças do sexo feminino ingerem 74 mil partículas em média, contra 81 mil de crianças do sexo masculino. No caso dos adultos, mulheres ingerem uma média de 98 mil microplásticos enquanto os homens, 121 mil.

Nas fezes
É muito difícil quantificar em termos de volume ou mesmo tamanho toda essa quantidade de microplásticos. Isso porque as partículas podem ser microscópicas - mas, por conceito, um fragmento de até 5 milímetros de comprimento ainda pode ser chamado de microplástico.

Se considerarmos o limite extremo dessa escala, ingerir 121 mil partículas de microplásticos - na hipótese de isso ser feito de uma só vez - seria o equivalente a engolir uma fita plástica de 605 metros.

No ano passado, uma pesquisa encontrou microplásticos em sal de cozinha. O trabalho, realizado por cientistas sul-coreanos em parceria com a ONG Greenpeace, encontrou o material em 36 de 39 marcas analisadas.

Também no ano passado, outra pesquisa demonstrou pela primeira vez o que já se suspeitava: que nós, seres humanos, estamos ingerindo microplásticos. O estudo, desenvolvido pelo médico Philipp Schwabl, da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, encontrou partículas de microplásticos em fezes humanas colhidas em oito países diferentes: Finlândia, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Rússia, Reino Unido e Áustria.

A reportagem da BBC News Brasil pediu para que Schwabl analisasse os dados do estudo divulgado nesta quarta. Considerando que o seu próprio estudo encontrou uma média de 20 partículas de microplásticos em cada 10 gramas de fezes humanas, ele afirma que é bem pertinente que a ingestão anual desse material seja superior a 70 mil partículas.

Efeitos sobre o corpo humano
Ainda pouco se sabe sobre quais os efeitos que os microplásticos podem vir a ter no corpo humano. O estudo publicado nesta quarta-feira, por exemplo, não entra nessa seara.

O médico Schwabl também prefere afirmar que qualquer afirmação definitiva necessita de mais pesquisas. "Embora existam primeiros estudos em animais mostrando que partículas de microplástico têm potencial de causar danos a organismos, não há conhecimento suficiente sobre o impacto médico de tais partículas quando deglutidas por humanos", diz ele. "Mais estudos são necessários para elucidar esse tópico importante"

Procurado pela BBC News Brasil, o médico toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP), demonstra preocupação com elevado número de micropartículas que o estudo recente demonstra que estamos ingerindo.

"Pode haver consequências mecânicas e patológicas", diz ele.

Do primeiro aspecto, o médico lembra que substâncias plásticas podem eventualmente se aglutinar dentro do organismo e, com o tempo, "se tornarem uma obstrução para o esvaziamento estomacal". "Isso realmente ocorre e já foi verificado em peixes e outros animais marinhos. São obstruções mecânicas que podem ocorrer no estômago, no intestino delgado e na válvula ileocecal", afirma.

Wong também explica que há um risco para a mucosa do estômago. "Ela é feita de vilosidades. Essas substâncias plásticas podem entrar e então provocar inflamação ou mesmo obstrução, impedindo a absorção dos alimentos", completa.

Um outro risco, pontua o médico, é que os microplásticos sofram degradação pelas enzimas digestivas. "E, assim, liberem no organismo substâncias tóxicas presentes nos plásticos", explica.

Os diferentes tipos de plástico, conforme lembra o especialista, trazem componentes que podem ser nocivos. "Evidentemente que alguns causam doenças, outros causam tumores", afirma Wong. "As partículas são pequenas, mas o acúmulo ao longo do tempo pode causar problemas."

Para exemplificar o risco, o médico lembra que a substância bisfenol A, composto utilizado na fabricação de plásticos de policarbonato (chamado de PC), pode promover tumores e alterar funções hormonais - alterando funções de hormônios sexuais.

"O PVC é outro: pode liberar substâncias cancerígenas", alerta. "Há estudos que diversas composições plásticas podem ser indutoras de tumores."

No estudo divulgado pelo médico Philipp Schwabl em 2018, foram encontrados nas fezes humanas nove tipos diferentes de partículas plásticas: PP, PET, PU, PVC, PA, PC, POM, PE e PS.

BBC
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Na próxima terça-feira (11) serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) do segundo semestre de 2019. O programa oferta bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior.

O prazo para participar da seleção vai até 14 de junho. A inscrição deverá ser feita pela internet, no site do ProUni. É preciso informar o número de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e a senha.

Podem se inscrever candidatos que não tenham diploma de curso superior e que participaram do Enem 2018. É necessário ter obtido uma nota mínima de 450 pontos na média aritmética nas provas do Enem. Outra exigência é a de que o aluno não tenha tirado zero na redação.

Cada estudante precisa ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsista integral. Também podem participar do programa estudantes com deficiência e professores da rede pública.

Bolsas
As bolsas de estudo ofertadas são parciais, de 50% do valor da mensalidade, e integrais, de 100%, e são para o segundo semestre deste ano.

As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo. As bolsas parciais contemplaram os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos.

Resultado
A divulgação do resultado da primeira chamada está prevista para 18 de junho deste ano. Já a segunda chamada será no dia 2 de julho.

O candidato pré-selecionado deverá comparecer à respectiva instituição de ensino superior para comprovação das informações no período de 18 a 25 de junho, caso tenha sido selecionado na primeira chamada e de 2 a 8 de julho na segunda.

A lista de espera, caso as vagas não sejam ocupadas, fica disponível no site para consulta pelas instituições de ensino no dia 18 de julho.

Agência Brasil
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Encerra hoje (7), às 23h59, o período para inscrições da segunda edição de 2019 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A inscrição é feita no site do programa. Ao todo, são ofertadas 59.028 vagas em 76 instituições públicas de ensino em todo o país.

Podem participar os estudantes que fizeram prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 e obtiveram nota na redação acima de zero. Pelo Sisu, os estudantes usam a nota do Enem para concorrer à vagas em instituições públicas de ensino superior.

Durante o período de inscrição, os candidatos podem escolher até duas opções de curso, em ordem de preferência, o local de oferta, o turno e a modalidade de concorrência. O candidato pode alterar as opções de cursos, assim como cancelar. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada pelo candidato no sistema.

Nota de corte
Durante o período de inscrição, uma vez por dia, o Sisu calcula a nota de corte, que é a menor para o candidato ficar entre os potencialmente selecionados. As notas de corte para cada curso são baseadas no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência.

O cálculo é usado apenas com uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição e não garante a seleção para a vaga ofertada.

Cronograma
O Sisu terá uma única chamada, com resultado divulgado em 10 de junho de 2019 no portal, e nas instituições para as quais efetuou sua inscrição.

A matrícula ou o registro acadêmico na instituição para a qual o candidato foi selecionado na chamada regular deve ser feita nos dias 12 a 17 de junho de 2019.

Para participar da lista de espera, o candidato deverá manifestar seu interesse na página do Sisu, no período de 11 a 17 de junho de 2019. É possível manifestar interesse na lista de espera em apenas um dos cursos para o qual o candidato optou por concorrer em sua inscrição ao Sisu. No dia 19 as instituições convocam os candidatos em lista de espera.

Agência Brasil
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Forças de segurança norte-americanas prenderam na quinta-feira (6) um homem de 22 anos suspeito de ameaçar um atentado contra a Times Square – principal praça de Nova York. De acordo com promotores, ele tinha nacionalidade de Bangladesh e vivia legalmente nos Estados Unidos, no bairro novaiorquino do Queens.

Autoridades informaram ao jornal "The New York Times" que o homem foi detido ao tentar comprar uma arma. Ele negociou com um policial disfarçado a compra de armamento com número de série apagado.

Além disso, o homem ameaçava jogar uma granada no local, mas, de acordo com o "Times", o suspeito não chegou a adquirir explosivos. Segundo a agência Reuters, ele fez passeios de "reconhecimento de área" na Times Square para planejar o atentado.

O suspeito preso deve comparecer a um tribunal ainda nesta sexta-feira (7), onde provavelmente vai receber uma acusação formal.

G1
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