A final do Mundial de Clubes é neste sábado, mas a menina dos olhos da Fifa é mesmo a competição que será realizada no meio do ano em 2021. A Copa do Mundo de Clubes a ser disputada na China terá um formato diferente do que define o atual campeão mundial. Com 24 times, a esperança de Gianni Infantino, presidente da Fifa, é de que a competição será um tremendo sucesso de renda, crítica e público.
- É uma decisão grande e importante de realizar a Copa do Mundo dos Clubes 2021 com 24 times. Ela vai ser a melhor competição de clubes no mundo. O que quer que a Fifa faça tem que ser o melhor. Isso é claro. Não deveríamos nos preocupar ou envergonhar com o sucesso comercial. Eu quero que a Copa do Mundo dos Clubes seja o melhor em termos de qualidade em campo, mas também em termos de receita.
Ainda com alguns critérios indefinidos - como a forma de definir os sul-americanos que estarão na disputa - Infantino deu um pouco mais de detalhes sobre a competição. Segundo o presidente da Fifa, a Copa do Mundo de Clubes irá começar no meio do ano, em junho, mais especificamente.
- Vai ser ao fim da temporada para os europeus e o meio da temporada para os outros que começam em janeiro. A competição será em junho, quando, tradicionalmente, temos o Mundial. Vão jogar em condições ótimas, creio. Há um interesse muito grande de fazermos a comercialização dessa competição. Tivemos, até ontem, nove ofertas muito mais interessantes do que eu imaginava. Isso mostra que há um grande interesse comercial e popular.
Mesmo sem registro de racismo no Catar durante a realização do mundial deste ano, Infantino foi perguntado sobre punições a clubes, jogadores e pessoas racistas, já que isto tem sido considerado um problema crescente no mundo. De acordo com o presidente da Fifa, o trabalho passa pela conscientização das pessoas e também de uma punição exemplar.
- Temos que educar, falar e não esconder os problemas das sociedades em geral. Temos que falar, educar e também sancionar de maneira disciplinária. Não só as equipes e jogadores, mas também os torcedores. Se os torcedores são racistas, têm que ser banidos por toda a vida. Porque não queremos racistas. Temos que trabalhar isso e dar exemplos e demonstrar que estamos muito sérios com esse tema. Porque acredito que o racismo é uma consequência da intolerância. E no mundo, hoje, há muita intolerância, críticas e agressividade. Temos que educar, isso é o mais importante.
Apesar das sanções disciplinárias, Infantino diz que não enxerga no futebol a missão de mudar o mundo. Ao realizar competições na China e Catar, a Fifa recebeu críticas por ignorar as situações políticas e sociais destes países, principalmente sobre os presos políticos e as condições de trabalho degradantes (respectivamente). O presidente da entidade, porém, vê muitos avanços, graças ao futebol.
- Se disputamos competições, podemos fazer algumas mudanças. Sem o futebol, as mulheres não poderiam ir aos estádios no Irã. Se é uma mudança no posicionamento, eu não sei, mas é simbólico. Para mim, olhe para o Catar, estamos aqui. Você diria que a situação hoje é melhor do que cinco, dez anos atrás para os trabalhadores, por exemplo? Para mim, sim, mas não sou eu quem diz, são sindicatos, ONU... É ideal? Não, mas é melhor do que cinco, dez anos atrás.
Globo Esporte
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