Vivendo seu momento de maior contestação e pressão no comando do Corinthians, o técnico Fábio Carille inicia nesta quarta-feira uma sequência de jogos decisiva para o futuro dele no clube. Às 21h30, o Timão enfrenta o Goiás, no Serra Dourada, pela 26ª rodada do Brasileirão.
O jogo entre Goiás e Corinthians terá transmissão da TV Globo para os estados de SP, BA, CE, GO, AL, PE, PR, RS, SC e TO, com narração de Cleber Machado e comentários de Casagrande e Caio Ribeiro, e do Premiere para todo Brasil, com narração de Odinei Ribeiro e comentários de Mauricio Noriega.
O GloboEsporte.com acompanha em tempo real, com vídeos, e transmite ao vivo as entrevistas pós-jogo dos dois times.
Embora a diretoria corintiana siga com a intenção de manter Carille no cargo, o entendimento é de que é preciso apresentar uma pronta recuperação.
Se isso não ocorrer na partida desta quarta e depois no sábado, contra o Cruzeiro, a permanência do técnico ficará em xeque. O jogo seguinte é o clássico contra o Santos, em Itaquera, no sábado, dia 26.
Para enfrentar o Goiás, o treinador deve manter a rotina de trocas constantes na equipe.
Já faz quase três meses que Carille não repete a escalação em dois jogos seguidos. A última vez foi nas partidas contra Flamengo e Montevideo Wanderers, do Uruguai, em 21 e 25 de julho.
Nesse período, o comandante alvinegro perdeu jogadores por lesões (como Danilo Avelar, Júnior Urso e Everaldo) e para seleções (Fagner, Pedrinho e Sornoza), mas também fez muitas mudanças por opção.
O setor que mais tem sido mexido é o meio de campo. Nos últimos quatro jogos, Carille escalou quatro atletas diferentes como segundo volante: Júnior Urso, Sornoza, Ramiro e Matheus Jesus, além de Renê Júnior, que entrou no segundo tempo diante do Athletico-PR.
No Serra Dourada, as principais novidades devem ser as voltas de Sornoza e Pedrinho à equipe. Ralf, que ficou fora do clássico contra o São Paulo após acidente de carro, disputa posição com Gabriel.
Carille pressionado
As contestações ao treinador aumentaram após a derrota por 1 a 0 para o São Paulo, no Morumbi, em jogo em que o Corinthians mais uma vez não conseguiu mostrar bom futebol, e também a entrevista pós-jogo, em que o excesso de sinceridade de Carille atingiu egos no clube.
A diretoria do Timão segue disposta a manter o técnico para a próxima temporada, mas pessoas influentes no clube reconhecem que a situação pode ficar insustentável se os maus resultados e o desempenho ruim persistirem.
Há muita preocupação de que o Corinthians deixe o G4 do Brasileirão e entre num espiral negativo, com perda de confiança dos jogadores e pressão da torcida. Ficar fora da Libertadores pelo segundo ano seguido é visto como algo trágico não só do ponto de vista desportivo, mas também financeiro.
Logo após a derrota para o São Paulo, o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves bancou Carille no cargo. A cúpula alvinegra entende que uma troca de comando agora seria muito arriscada, e o mercado de treinadores oferece poucas opções. Fabinho, hoje o único auxiliar técnico fixo do clube, não é visto como pronto para ser efetivado ou mesmo assumir o comando interinamente.
Entretanto, a apatia do time nos últimos jogos e as entrevistas do treinador desgastaram a relação. O presidente Andrés Sanchez não gostou de ouvir contestações públicas ao elenco.
Jogadores, empresários e assessores também se incomodaram com declarações recentes de Carille, como a dada após a derrota para o Independiente del Valle, quando apontou a falta de atletas "vividos".
O comandante corintiano tem contrato até o fim de 2020. Com quatro títulos em três anos de trabalho, o técnico se sente seguro no cargo. Mas sabe que, caso seja mandado embora, teria um amplo mercado no Brasil para o início da próxima temporada.
Globo Esporte
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