Um jogo de muita correria, entradas duras e clima de Libertadores. Melhor para o Botafogo, que tinha ao seu lado Júnior Santos. Em noite para guardar na memória com direito a recorde, o atacante marcou dois golaços e deu a vantagem aos cariocas na luta por um lugar na fase de grupos da Libertadores: 2 a 1 contra o Bragantino, que descontou com Juninho Capixaba.
Decisão em Bragança
Com a vitória, o Botafogo joga pelo empate na partida da próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Vitória simples do Bragantino leva a decisão para os pênaltis, e um placar mais elástico dá a vaga aos paulistas. O sorteio da fase de grupos da Libertadores acontece no próximo dia 18, em Luque, no Paraguai.
Primeiro tempo
O gramado sintético e molhado no Nilton Santos deixou o primeiro tempo muito disputado e em alta velocidade. Mesmo fora de casa, o Bragantino se debruçou no campo de ataque fosse para pressionar a saída de bola, fosse para tentar encontrar espaços para levar perigo. Por outro lado, o Botafogo era bem objetivo nas saídas em contra-ataque, em especial com Júnior Santos, que variou da ponta direita, para esquerda e retornou para a direita, onde marcou o primeiro gol do jogo. Principal válvula de escape do time de Fábio Matias, o atacante recebeu em velocidade, tirou os dois zagueiros adversários da jogada com cortes para dentro, e chutou no contrapé de Cleiton já aos 43. O troco, no entanto, trouxe de volta o fantasma que tanto aflige os botafoguenses: no lance seguinte, já nos acréscimos, Helinho cobrou falta e Juninho Capixaba empatou de cabeça.
Segundo tempo
O Bragantino voltou para o segundo tempo novamente se jogando no campo de ataque, mas pouco ia além de chutes de média distância ou bolas alçadas na área. O Botafogo, por sua vez, trocou Tchê Tchê por Marlon Freitas, deu ainda mais força ao setor de meio de campo e seguiu tendo em Júnior Santos sua principal arma. Se os paulistas tinham a bola nos pés por mais tempo, os cariocas eram extremamente objetivos, e isso ficou claro aos 26 e aos 27 minutos. Primeiro, Júnior Santos recebeu em velocidade e tentou repetir o lance do gol com cortes para dentro. Não deu certo. Logo em seguida, um golaço. Barborza lançou para o atacante dominar, tabelar com Damián Suárez, e emendar um voleio lindo: 2 a 1 e holofotes para o maior artilheiro do clube na história da Libertadores. A partir daí, o time de Bragança Paulista até tentou pressionar com fôlego novo no setor ofensivo. Nada que fosse capaz sequer de levar perigo ao gol de Gatito. A vantagem é do Glorioso por uma vaga na fase de grupos da Libertadores.
Recordista!
A exibição por si só já era motivo suficiente para deixar a noite desta quarta-feira no hall das mais especiais da carreira de Júnior Santos, mas um recorde garantiu um lugar na história. Com os dois golaços marcados contra o Bragantino, o atacante deixou Rodrigo Pimpão, Jairzinho e Dirceu, todos com cinco, para trás e se isolou como maior artilheiro do Botafogo na Conmebol Libertadores. Agora, são sete: cinco no confronto com o Aurora (um na Bolívia e quatro no Nilton Santos) e dois diante do Bragantino. Que momento!
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