Depois da apresentação de Dorival Júnior, na quinta-feira, a CBF volta suas atenções para a busca por nomes que ajudarão o treinador a comandar a Seleção fora das quatro linhas. A ideia do presidente Ednaldo Rodrigues é contratar um gerente de campo e outro acima na hierarquia do departamento.
Convidado para o cargo de coordenador, Filipe Luís recusou. Agora, a entidade debate três nomes e vai anunciar em breve os escolhidos.
A definição será feita antes da primeira convocação de Dorival, no dia 1º de março, data em que ele vai anunciar os jogadores que disputarão os amistosos contra Inglaterra, em 23 de março, e Espanha, dia 26.
O treinador participa diretamente das conversas. Filipe Luís, por exemplo, tinha o aval de Dorival Júnior, com quem trabalhou em 2022, no Flamengo, e no início do lateral no Figueirense.
Os três nomes em debate na CBF estão no momento empregados. A entidade procura profissionais que tenham currículo dentro de campo e experiência como executivo.
Em janeiro de 2023, Ednaldo Rodrigues demitiu Juninho Paulista, coordenador da Seleção principal. Desde então, o cargo está vago. A CBF perdeu também Luís Vagner Vivian, gerente da Seleção que foi para o Grêmio como diretor de futebol há um ano e até hoje não foi substituído.
Num primeiro momento, com técnicos interinos - primeiro Ramon e depois com Fernando Diniz - e à espera de Carlo Ancelotti, Ednaldo pensava em tocar o departamento como se fosse a figura do vice-presidente de futebol de um clube brasileiro.
Agora, o presidente quer ouvir Dorival Júnior para remontar o departamento. O plano é ter um gerente de futebol - ou de outra nomenclatura - para auxiliar o técnico com questões mais próximas do campo, mas que também passam por gestão e administração do departamento. Entre elas, negociação de amistosos, planejamento de viagens de observações e visitas a locais de treinamento.
Além disso, Ednaldo Rodrigues quer outra figura menos ligada às questões técnicas, porém com representatividade no futebol brasileiro. Espécie de diretor de seleções.
O presidente da CBF considerava a comissão técnica de Tite inchada e queria enxugar o número de contratados fixos ou temporários - os “convocados” para sessões de jogos e treinos.
Demissão de Diniz
O presidente da CBF reconheceu a interlocutores que os maus resultados da Seleção nas eliminatórias contribuíram para a decisão de demitir Fernando Diniz, além da combinação de não tirar o treinador do Fluminense. O técnico foi desligado na última sexta, um dia após Ednaldo voltar à presidência da CBF por liminar de Gilmar Mendes, ministro do STF.
O Brasil ocupa o 6º lugar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, com oito pontos em seis jogos. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas.
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