Tite e Fernando Diniz. Os dois técnicos serão uma atração à parte no Flamengo x Fluminense deste sábado, às 18h30 (de Brasília) no Maracanã, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. A última vez que eles estiveram lado a lado à beira do campo foi há sete anos, quando ainda estavam em outra prateleira no cenário do futebol.

Tite já era consagrado. Tinha conquistado 14 dos seus 15 títulos como treinador, entre eles os dois maiores: a Conmebol Libertadores e o Mundial de Clubes de 2012 com o Corinthians. Diniz, por sua vez, vivia só o início da carreira e estava longe de suas maiores conquistas, que foram o Campeonato Carioca e a Libertadores de 2023 com o Fluminense. Naquela época, tinha só uma Série A3 do Paulistão e duas Copas Paulistas entre 2009 e 2010, por Paulista de Jundiaí e o extinto Votoraty-SP.

Agora, eles voltam a se enfrentar como os dois últimos técnicos da seleção brasileira. Tite ocupou o cargo mais cobiçado pelos treinadores do país entre 2016 e 2022 e teve um aproveitamento impressionante de 80,2% ao longo de seis anos. No período, conquistou a Copa América de 2019, mas ficou marcado pelos fracassos nas duas Copas do Mundo que disputou, caindo nas quartas de final.

Diniz chegou à Seleção este ano como aposta da CBF após o sucesso que vinha fazendo: foi eleito o melhor técnico do Campeonato Carioca e impressionava na Libertadores. Ele foi anunciado em julho como o sucessor de Tite, mas por tempo limitado: até a chegada do italiano Carlo Ancelotti no meio de 2024. Em quatro jogos com o Brasil nas eliminatórias, tem 58,3% de aproveitamento.

Tira-teima entre os técnicos
Os dois treinadores se enfrentaram apenas duas vezes até agora, ambas no Campeonato Paulista de 2016. No primeiro confronto, o Corinthians de Tite levou a melhor e venceu o Audax-SP por 1 a 0 no estádio José Liberatti, em Osasco, pela fase de grupos. Mas o time de Diniz deu o troco ao se reencontrarem na semifinal: após empate em 2 a 2 na Neo Química Arena, o Audax-SP venceu por 4 a 1 nos pênaltis e avançou para decidir o título contra o Santos.

Em seus atuais clubes, a dupla é motivo de otimismo entre os torcedores. Diniz vive um trabalho de longo prazo, já está no comando do Fluminense há mais de um ano e levou o time ao maior título de sua história com a recente Conmebol Libertadores, conquistada na semana passada. Tite, por outro lado, acabou de completar um mês no Flamengo. Apesar do pouco tempo, fez a equipe evoluir e entrar na briga pelo Brasileirão.

Tira-teima entre os campeões
Além do duelo à parte dos treinadores, o Fla-Flu deste sábado também traz uma outra coincidência: vai ser o encontro os últimos campeões da Conmebol Libertadores. O Rubro-Negro é tricampeão da América do Sul e conquistou o torneio em 1981, 2019 e 2022, enquanto o Tricolor alcançou o título inédito em sua história esse ano.

Em 2022, o Flamengo foi campeão continental passando por Talleres (Argentina), Universidad Católica (Chile), Sporting Cristal (Peru), Tolima (Colômbia), Corinthians, Vélez Sarsfield (Argentina) e Athletico-PR. Já em 2023, o Fluminense conquistou a América do Sul superando Sporting Cristal (Peru), The Strongest (Bolívia), River Plate (Argentina), Argentinos Juniors (Argentina), Olimpia (Paraguai), Internacional e Boca Juniors (Argentina).

Para o Flamengo, que só perdeu dois titulares desde a conquista do ano passado (Rodinei e João Gomes), o clássico deste sábado vale muito. O Rubro-Negro está só a três pontos do líder Botafogo e entrará de vez na disputa pelo Brasileirão em caso de vitória no Fla-Flu. Já garantido na Conmebol Libertadores de 2024, o Fluminense tem poucas ambições no jogo em termos de tabela, porém, tem a motivação de atrapalhar o que pode ser o único título de seu arquirrival na temporada.

Este ano, Flamengo e Fluminense já se enfrentaram seis vezes, com duas vitórias para cada lado e dois empates. O Tricolor levou vantagem no Carioca, quando se sagrou campeão estadual sobre o rival com um placar agregado de 4 a 3. O Rubro-Negro deu o troco na Copa do Brasil, quando venceu por 2 a 0 no agregado e eliminou o rival nas oitavas de final. Quem levará a melhor no desempate?

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