Fernando Diniz não esconde a satisfação pela estreia no comando da seleção brasileira com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia, mas tenta frear qualquer euforia por parte dos seus comandados e também do torcedor. O técnico prevê dificuldades contra o Peru, fora de casa, nessa terça-feira, e diz que é preciso ter os pés no chão.
Em entrevista coletiva na véspera da partida da segunda rodada das Eliminatórias, Diniz voltou a elogiar o legado deixado por Tite, antecessor dele, e analisou o duelo contra o Peru:
– Eu acho que peguei um time muito bem estruturado pelo Tite. Tanto na parte tática, numa forma diferente de jogar, tanto na base relacional também. A gente colocou algumas coisas. A euforia é típica do torcedor, ganhamos de 5 a 1 e a gente não pode esconder que time jogou muito bem contra a Bolívia. Mas já passou, a gente precisa ter o pé no chão. Agora é outro jogo aqui, fora de casa. Tem uma certa rivalidade. Equipes que já se enfrentaram em semifinal e final da Copa América. A gente tem que saber encarar a realidade. Pensar no Peru com todo cuidado que a gente tem que pensar e entregar o nosso melhor – comentou Fernando Diniz, que destacou a força do adversário em mais de uma oportunidade.
– O Peru é uma grande equipe. A gente viu cinco jogos do Peru, muito forte fisicamente, bem treinado. Espera dificuldade aqui no jogo. Tem bons recursos técnicos, bons jogadores. A gente tá esperando um grande confronto.
A partida entre Brasil e Peru acontece às 23h (de Brasília), no Estádio Nacional, em Lima, e terá transmissão ao vivo da Globo, do sportv e do ge.
Para esse jogo, Diniz repetirá a escalação usada contra a Bolívia. Além de ter aprovado a atuação da última sexta, ele tomou essa decisão por ter pouco tempo para treinar - foram apenas duas atividades em campo antes do jogo em Lima.
– Gostei do time bastante e também com o tempo, jogadores vão ganhando mais entrosamento. Se começa a fazer muita troca, perde o ganho que tiveram – explicou.
Assim, o Brasil vai a campo com: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Raphinha, Rodrygo e Richarlison.
Embora busque um jogo ofensivo e também vistoso, Diniz ressaltou que sua prioridade é ter uma equipe equilibrada:
– A minha ideia, embora não pareça às vezes para o público, também é de montar de trás para frente. No sentido de ser primeiro um time que se protege bem. Criamos muitas chances contra a Bolívia e não oferecemos quase nada. Isso é o ideal para a gente. Tenho muita preocupação defensiva, embora eu goste que o time jogue para frente e tenha a bola. A única chance de não tomar gol jogando futebol é quando você está com a bola. Ter a posse da bola, uma das coisas que te favorece, já é a impossibilidade de tomar o gol – opinou, antes de emendar:
– Esse cuidado defensivo sempre tenho nos meus trabalhos, a vida inteira procurado melhorar. Depois a gente vai implementando as ideias que a gente tem, para que seja um time criativo, que goste de jogar, que os jogadores sintam prazer e esse prazer passe para o torcedor. Tenho muita alegria quando tem esse vínculo, como teve lá em Belém. Isso não é a primeira coisa, você sempre joga para vencer, mas se você consegue jogar bem, vencer e criar esse sentimento no torcedor é o melhor cenário possível.
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