O Náutico venceu o Cruzeiro por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, e saiu em vantagem para o jogo da volta, no Independência, pela terceira fase da Copa do Brasil. A Raposa foi superior em campo na estreia do técnico Pepa, mas desperdiçou chances claras e ainda viu o goleiro adversário Vagner operar milagres. O Timbu melhorou com as mexidas de Dado Cavalcanti na etapa complementar e saiu com a vitória, após gol de Gabriel Santiago aos 42 minutos do segundo tempo.
Como fica
Com a vantagem, a equipe alvirrubra joga por um empate, na partida de volta, para garantir passagem às oitavas de final. O Cruzeiro, por outro lado, precisa ao menos vencer por um gol de diferença para levar a disputa para os pênaltis. Se derrotar o Timbu por dois ou mais gols, se classifica.
Agenda
As equipes voltam a se enfrentar no dia 25, às 19h. Quem passar garante mais R$ 3,3 milhões. Até aqui, o Náutico faturou R$ 3,75 milhões em cotas, entre a 1ª e a 3ª fases. O Cruzeiro, por ter sido campeão da Série B, embolsou R$ 2,1 milhões por já ter entrado logo na 3ª fase da Copa do Brasil.
Calma, Júlio!
Joia do Náutico, o atacante Júlio não engoliu nem um pouco o "não" de Mateus Vital, do Cruzeiro, na saída de campo, para trocar camisas. Insatisfeito, soltou o verbo - registrado em imagens pelo canal Sportv - chamando o meia da Raposa de "perna", além de proferir outros xingamentos impublicáveis. Em resposta, o meia cruzeirense explicou o motivo de não ter trocado e chamou o jogador do Timbu de "cara de pau" e "empolgado".
Primeiro tempo
Os primeiros 45 minutos foram de amplo domínio do Cruzeiro. O Náutico foi envolvido pela marcação da Raposa, errando passes e, verdadeiramente, não fez Rafael Cabral trabalhar - salvo exceção do primeiro minuto, quando Kayon disparou em velocidade na direita, cruzou e o goleiro do time mineiro só segurou. No afã de tentar pressão alta no adversário, o Timbu se expôs mais do que deveria - e teve em Vagner o destaque. Bruno Rodrigues criou a primeira grande chance cruzeirense. O atacante recebeu passe de Wesley, finalizou dentro da área e Matheus Carvalho se jogou para salvar; depois, foi a vez de Gilberto driblar Vagner, mas mandar a bola nas redes pelo lado de fora. Até aí, o goleiro não tinha mostrado as credenciais, mas elas começaram a aparecer quando William finalizou e Vagner salvou. Também parou Gilberto, que tentou finalizar por cobertura. Minutos depois, veio o milagre. Wesley recebeu sozinho na pequena área após cruzamento de William e o arqueiro alvirrubro se agigantou para salvar o Náutico. Nos minutos finais, Gilberto arriscou o chute de longe e o camisa 1 do Timbu caiu no canto para espalmar.
Segundo tempo
Sem êxito, o Náutico repetiu a postura do primeiro tempo: tentava ser agressivo, mas, ao mesmo tempo, oferecia espaços ao Cruzeiro. E a Raposa seguiu, naturalmente, aproveitando essas brechas. A principal delas, logo na retomada da etapa complementar, com Gilberto. A bola caiu nos pés do atacante dentro da área, que girou e chutou. Mas pegou mal. Dado Cavalcanti, então, fez mexidas: pôs um ataque mais leve, com Júlio, Alisson Santos e Gabriel Santiago. E partiu dos pés de Santiago a primeira e real chance alvirrubra na partida. Alisson Santos tocou em profundidade para o meia, que finalizou e Rafael Cabral defendeu. O Cruzeiro respondeu com chutes de William e Machado, mas Vagner se impôs mais uma vez. Mas o Náutico cresceu. Veloz, ocupava com facilidade a área de defesa cruzeirense. Não demoraria para novamente agredir o gol do time mineiro. Primeiro, com Júlio, que driblou a defesa do Cruzeiro e finalizou para o goleiro salvar; no rebote, Gabriel Santiago tentou uma bibicleta e a bola bateu na trave. O golaço não veio, mas o gol timbu, sim. Alisson Santos cruzou na área e Santiago, que martelava a rede mineira, conseguiu vencê-la com um toquezinho leve, de cabeça, para decretar o triunfo alvirrubro nos Aflitos - e a vantagem na Copa do Brasil.
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