Tite já anunciou que deixa o cargo de técnico da Seleção após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. E não será o único. Com ele, vão outros profissionais que o acompanharam - a maioria deles em toda essa trajetória de seis anos na CBF.
A reformulação vai ser mais profunda. O destino do coordenador da seleção masculina principal, Juninho Paulista, também é incerto, e dificilmente ele permanece na CBF.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deixa o Catar junto com a delegação no avião fretado nesta manhã de Doha - madrugada do Brasil. Como chefe de delegação, ele consolou jogadores, foi ao vestiário e agradeceu o empenho de todos.
Ele garante que inicia a procura por técnico em janeiro. A decisão será presidencial. O que quer dizer que vice-presidentes e eventuais consultores podem até dar pitaco, mas o martelo é de Ednaldo.
Campeão do mundo como jogador em 2002, Juninho Paulista sentou-se na mesa da entrevista ao lado de Tite, após a derrota nos pênaltis para a Croácia. Terminou sem participar da coletiva, mas antes de deixar o local respondeu que ainda não tinha informação sobre seu futuro.
Juninho foi contratado em abril de 2019 como diretor de desenvolvimento da CBF pelo ex-presidente Rogério Caboclo. Três meses depois, mudou de cargo e passou a trabalhar com Tite após a saída do então coordenador Edu Gaspar, que aceitou proposta para ser executivo do Arsenal, da Inglaterra.
Eleito presidente da CBF em maio deste ano, Ednaldo Rodrigues fez mudanças em boa parte das diretorias da confederação. Agora, depois da Copa, embora não fale publicamente sobre esse assunto, a tendência é de seguir o curso também na Seleção, com a saída de Juninho Paulista.
O presidente da CBF promoveu economia em alguns setores da entidade e isso deve acontecer também na seleção masculina, que foi ao Catar com delegação de mais de 70 pessoas entre atletas e funcionários.
Atualmente, a comissão técnica fixa de Tite conta com:
Ednaldo tem dito publicamente e também a pessoas próximas que a escolha do novo técnico só começará em janeiro. O presidente da CBF nega informações de contatos com candidatos à vaga e já declarou que não descarta a contratação de um estrangeiro.
A possibilidade de ter um "tampão" na primeira data Fifa de 2023, em março, não agrada a Ednaldo, que quer iniciar o novo ano com outro comando na seleção brasileira.
Para chefiar a equipe masculina brasileira, um dos cotados é Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians, que no passado já foi diretor de Seleção.
Atualmente, não há ninguém que ocupe tal posição. Até o começo desse ano, o posto político mais próximo da equipe de Tite era de Gustavo Feijó, vice-presidente da CBF que foi de aliado a inimigo de Ednaldo Rodrigues e acabou deixando a entidade.
Nos bastidores, Andrés Sanchez vem alimentando essa possibilidade de retorno. Porém, publicamente, nega qualquer convite.
Nesse sábado pela manhã, com Ednaldo, Tite e Juninho, a Seleção volta ao Brasil em voo fretado, com escala em Londres.
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