Não chegou a dar medo. Na largada do grupo do Brasil na Copa do Mundo do Catar, a Suíça venceu Camarões por 1 a 0 nesta quinta-feira. Embolo (curiosamente, nascido no país africano) fez o único gol do jogo no estádio Al Janoub. Mas a atuação não foi nenhuma maravilha. A equipe europeia, considerada favorita na partida, jogou muito pouco no primeiro tempo e só despertou no período final – quando saiu o gol, com assistência de Shaqiri. Camarões surpreendeu em parte do confronto e perdeu algumas oportunidades, a ponto de o goleiro Sommer ser eleito o melhor em campo. Mas também não ofereceu motivos para Tite perder o sono.
Como fica
Com a vitória, a Suíça larga na frente no Grupo G e fica de olho no complemento da primeira rodada, com Brasil x Sérvia às 16h (de Brasília) desta quinta-feira. Camarões também aguarda a partida para saber se dorme na lanterna.
Próximos jogos
As duas seleções voltam a campo na próxima segunda-feira. Às 7h, Camarões enfrenta a Sérvia. Às 13h, a Suíça encara o Brasil. A rodada final do Grupo G será no dia 2 de dezembro, sexta-feira, com Camarões x Brasil e Sérvia x Suíça, ambos às 16h.
Nascido em Camarões, gol na Suíça
O primeiro gol da Suíça na Copa do Mundo teve uma ironia que ilustra bem a alta globalizações do futebol mundial. O autor foi o atacante Embolo, nascido... em Camarões. Ao marcar o gol contra seu país de nascimento (algo inédito na história das Copas), o jogador não comemorou. Ficou parado e foi abraçado pelos colegas. Ele é um dos três atletas do elenco suíço que vieram ao mundo fora do país – o goleiro Kohn é alemão, e o meia Shaqiri é do Kosovo. Outros 11 jogadores têm mãe, pai ou ambos nascidos fora da Suíça.
Pior público da Copa
O jogo no estádio Al Janoub recebeu 39.089 pessoas. Foi o menor público nas 12 partidas realizadas no Catar até o momento. Eram visíveis espaços em branco nas arquibancadas.
A "teoria do perigo"
O técnico de Camarões, Rigobert Song, usou na partida um boné com uma mensagem enigmática: “A teoria do perigo”. Trata-se de uma tese criada por ele mesmo. O treinador defende uma ideia de que é quando não sabemos que estamos em perigo que efetivamente acabamos correndo perigo. A teoria chegou a ser cunhada como propriedade intelectual – e tem a ver com a classificação de Camarões para a Copa do Mundo.
Primeiro tempo
Não foi exatamente uma maravilha. A Suíça começou o jogo mais dona da bola. Mas quem melhor soube o que fazer com ela foi Camarões. A seleção africana encontrou espaços na zaga adversária e teve boas chances para abrir o placar. Aos nove minutos, Mbeumo invadiu a área e mandou o chute. O goleiro Sommer defendeu, e Ekambi, no rebote, mandou por cima. Aos 13, Choupo-Moting se antecipou a Akanji e ficou em condições de marcar – mas bateu mal. Aos 29, Hongla chutou cruzado, e Sommer voltou a defender bem. Enquanto isso, a Suíça mostrava um futebol burocrático, sem inventividade. Os meias Xhaka e Shaqiri, principais nomes da equipe, pouco fizeram. Houve uma ou outra bola aérea perigosa (especialmente em um cabeceio de Akanji, para fora, aos 46) cruzando a área camaronesa, mas muito pouco para uma Suíça considerada favorita na partida.
Segundo tempo
A Suíça acordou no começo da etapa final. Já aos dois minutos, Freuler abriu na direita para Shaqiri, que encontrou Embolo livre na área para abrir o placar: 1 a 0. Camarões até teve um suspiro, ameaçou em linda jogada individual de Choupo-Moting (Sommer defendeu a finalização), mas depois a Suíça tomou conta do jogo. Ruben Vargas, aos 20, bateu forte e exigiu grande defesa do goleiro Onana. Embolo, no minuto seguinte, só não fez mais um porque a zaga camaronesa desviou no último instante. Com o passar do tempo, o time africano passou a ter mais a bola, mas não conseguiu pressionar. A Suíça deu sinais de estar mais perto de ampliar do que de levar o empate – como mostraram chutes de Xhaka, aos 43, e de Seferovic, em grande chance perdida aos 50.
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